VOLTAR
  • Política

TSE determina remoção de fake news de que Lula perseguiria igreja e cristãos

Decisão atinge postagens de apoiadores e familiares de Bolsonaro contra o ex-presidente logo após o primeiro turno das eleições

  • TSE determina remoção de fake news de que Lula perseguiria igreja e cristãos.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 04/10/2022
  • Compartilhar:

Decisão atinge postagens de apoiadores e familiares de Bolsonaro contra o ex-presidente logo após o primeiro turno das eleições

fachada do TSE

TSE determina remoção de fake news de que Lula perseguiria igreja e cristãos. Foto: Divulgação

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Paulo de Tarso Sanseverino, determinou a remoção, em 24 horas, de uma série de publicações feitas por Flávio, Eduardo Bolsonaro e os responsáveis por outros 24 perfis no Twitter e no Facebook, com a fake news de que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva perseguiria cristãos, fecharia igrejas e apoiaria a ditadura na Nicarágua. A liminar determina ao Twitter e ao Facebook que suspendam os posts desinformativos, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

A decisão foi tomada em representação movida pela Coligação Brasil da Esperança contra os responsáveis pelos perfis. que estariam incutindo no eleitor a falsa ideia de que o candidato perseguiria e ameaçaria igreja e cristãos.

Além disso, as publicações desobedecem decisão anterior do próprio TSE, que já determinou a remoção de conteúdos de que Lula apoiaria a invasão de igrejas.

“Observo que as publicações impugnadas transmitem, de fato, informação evidentemente inverídica e prejudicial à honra e à imagem de candidato ao cargo de presidente da República nas eleições 2022”, afirmou o ministro na decisão. “As publicações contêm informação manifestamente inverídica e divulgada no período crítico do processo eleitoral, em perfil com alto número de seguidores, de forma a gerar elevado número de visualizações, o que possibilita, em tese, a ocorrência de repercussão negativa de difícil reparação na imagem do partido político e do candidato atingidos pela desinformação”, concluiu.