
Em um momento no julgamento de Jair Bolsonaro nesta terça-feira (09/09), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino adotou um tom irônico para rebater as críticas e pressões que a Corte tem recebido. Sem citar nomes diretamente, Dino fez uma clara alusão ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conhecido por usar as redes sociais para se manifestar.
Durante seu voto, o ministro questionou a ideia de que o STF poderia ser influenciado por mensagens nas redes sociais, como as postadas em plataformas como o antigo Twitter. “Eu me espanto com alguém imaginar que o Supremo vai se intimidar com tweet. Será que um cartão de crédito ou Mickey vão mudar o julgamento? O Pateta, aliás, aparece com frequência nesses eventos”, disse Dino em tom de deboche, fazendo uma referência velada à presença de figuras públicas em eventos e mídias sociais.
Além da ironia, Dino defendeu a atuação do STF e rejeitou as acusações de autoritarismo. Ele enfatizou que a função da Corte é garantir o cumprimento da Constituição de 1988, e que a atuação do tribunal é uma afirmação da democracia brasileira. “Isso não é ativismo judicial, não é tirania, não é ditadura. Pelo contrário, é a afirmação da democracia construída pela Constituição de 1988”, afirmou o ministro.
O julgamento, que tem repercussões diretas no futuro político de Bolsonaro, continua em andamento, e a fala de Dino adiciona mais um capítulo à complexa relação entre o Judiciário brasileiro e as tensões políticas atuais. A declaração de Dino gerou muita repercussão nas redes sociais.
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