Sindserv diz que Alaíde nega reajuste a servidor, mas privilegia empresas ‘amigas’

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Governo alega que não é possível aumentar os salários por conta do decreto de calamidade pública; sindicato vai propor greve à categoria

reajuste
Reunião entre representantes do Sindserv e secretários de Alaíde Damo. Foto: Divulgação/Sindserv

O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Mauá divulgou nesta quarta-feira (17/07) que o governo da prefeita interina Alaíde Damo (MDB) não concederá reajuste salarial para a categoria. De acordo com a entidade, a reposição ficou inviável por conta do decreto de calamidade pública publicado recentemente por conta da caótica situação nas finanças do município.

O governo alegou que só após o período de 120 dias, prazo de vigência do decreto, é que poderá retomar as negociações, mas não houve garantias para a concessão da revisão.

Diante da resposta negativa, a entidade sindical partiu para o ataque contra o governo. Para o presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo, o decreto de calamidade prejudicou um acordo.

Esse decreto de calamidade [financeira] criou uma conveniente bolha de proteção em que permite ao governo fazer o que bem entender com as contas públicas”, disse. “Inclusive privilegiar o pagamento de empresas amigas, como a Lara e a Fundação ABC ao invés de conceder um reajuste salarial que minimamente recupere as perdas no poder aquisitivo, corroído pela inflação, pela absurda taxa do lixo e pelo excessivo aumento no convênio médico dos servidores”, disparou Jesomar.

Desde março deste ano, a categoria vinha tentando um acordo para o dissídio da categoria. “Neste período, diversos obstáculos atrapalharam uma conclusão amigável, como o decreto que escalonava por jornada o abono conquistado na campanha salarial do ano passado, a prisão do prefeito Atila Jacomussi (9 de maio) e o decreto que declara calamidade financeira”, avaliou o Sindserv.

Greve

Os dirigentes sindicais vão apresentar propostas de paralisação da categoria e a possibilidade de deflagrar o estado de greve, nos moldes da legislação vigente.” Se o funcionalismo aderir à proposta de greve, pode haver paralisação em serviços essenciais como segurança pública, saúde, educação, defesa civil, entre outros”, argumentou a entidade essencial.

A assembleia da categoria está agendada para a próxima quarta-feira (25/07), às 18h. Além da manifestação, a entidade protocolará um ofício junto à Prefeitura para manter aberta a possibilidade de se chegar a um acordo antes da assembleia.

 Outro lado

A Prefeitura de Mauá aposta no diálogo com o Sindicato dos Servidores Públicos da cidade. Em reunião com a direção da entidade foi apresentada a situação financeira do município, que recentemente decretou calamidade financeira. “A palavra de ordem na Prefeitura é contenção de gastos, ajustes de contratos e reorganização administrativa. O esforço é feito para garantir que a população não seja prejudicada com a paralisação de serviços essenciais”, disse.

De acordo com nota oficial, o governo Alaíde informou que, no momento, a prioridade é alcançar o equilíbrio financeiro nas contas públicas. “No entanto, a administração considera que o diálogo sobre reajuste do funcionalismo segue aberto para que se encontre a melhor solução”.

 

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