Servidores de Sto.André protestam no Paço e pedem negociação sobre reajuste
Trabalhadores fizeram paralisação nesta quinta-feira; mobilização foi organizada pelo Sindserv, que calcula mil pessoas, mas Paço fala em 100 ausências
Trabalhadores fizeram paralisação nesta quinta-feira; mobilização foi organizada pelo Sindserv, que calcula mil pessoas, mas Paço fala em 100 ausências
Servidores de Santo André fizeram protesto na tarde desta-quinta-feira pedindo ao governo Paulo Serra que rebra negociação sobre reajuste salarial da categoria. O aumento de 7% aprovado pela Câmara foi parcelado em duas vezes (maio e setembro)
Entre os servidores estava professores, ADis, Merendeiras, Lactaristas, Servidores do Semasa, Craisa, da Guarda Municipal, Assistência Social, Operacionais e funcionários administrativos e demais departamentos da Prefeitura).
A mobilização da categoria foi organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santo André (Sindserv Santo André).
“Queremos que seja reaberto um canal de negociação da categoria, que está insatisfeitos com o reajuste. Há mais 10% de perdas”, disse Rodrigo Gomes.
“Esse reajuste do prefeito de 7%, e ainda parcelado, não cobre a defasagem salarial que tivemos nos últimos dois anos. Os servidores estão passando dificuldades para pagar suas despesas e estão lutando para sobreviver! Não estamos pedindo aumento real, mas a reposição inflacionária”, disse a diretora do Sindserv Santo André, a professora Daisy Dias.
Os servidores saíram em passeata passando pela Avenida Perimetral e terminaram a manifestação no Paço Municipal.
Durante o ato, dirigentes do Sindserv Santo André protocolaram na Prefeitura pedido de reabertura da mesa de negociação da Campanha com a Prefeitura, para debater uma contraproposta de reajuste, que reponha no mínimo a inflação dos últimos dois anos nos salários.
Estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), solicitado pelo Sindserv, mostra que a defasagem inflacionária nos salários dos servidores andreenses acumula 18,44%, e é referente à data-base da categoria, de maio de 2020 a maio de 2022.
“Aguardamos da parte da Prefeitura a reabertura imediata da mesa de negociação. Estamos mobilizados e caso não tenhamos essa resposta, uma nova paralisação e ato acontecerá na próxima semana”, informou o Representante Legal do Sindserv Santo André, Durval Ludovico Silva.
Durante o ato público do Sindserv Santo André, participaram lideranças sindicais do ramo dos municipais, como a presidenta da FETAM-SP (Federação dos Trabalhadores da Administração e dos Serviços Públicos Municipais do estado de São Paulo), Eunice Lopes, dirigentes da CUT-SP e parlamentares, como o deputado estadual Teonílio Barba (PT-SP) e os vereadores andreenses, Ricardo Alvarez (PSOL) e Wagner Lima (PT).
Outro lado
A Prefeitura de Santo André emitiu uma nota oficial e afirmou que mantém diálogo aberto com os servidores em relação ao reajuste salarial. “No entanto, a atual gestão não reconhece no Sindserv a neutralidade necessária para reivindicar com legitimidade melhorias para a cidade ou para os servidores, vez que a diretoria e seus membros têm claras e explícitas pretensões político-partidárias e ideológicas, descaracterizando qualquer representatividade legítima em relação às reivindicações apontadas”, afirmou o Paço.
O Sindserv calcula que mil pessoas participaram da manifestação, mas a Prefeitura afirmam que paralisaram atividades na Prefeitura 100 servidores.
“O movimento realizado nesta quinta-feira (31), além de contar com sindicalistas de outras cidades como São Bernardo e Diadema, resultou em menos de 100 ausências nos quadros do funcionalismo público municipal”, finalizou a nota.