Resistência, a cachorrinha de Janja e Lula, sobe a rampa e faz história na posse
Os tradicionais disparos de canhão e fogos de artifício foram vetados na cerimônia para preservar pessoas sensíveis e animais como a cachorrinha presidencial
Os tradicionais disparos de canhão e fogos de artifício foram vetados na cerimônia para preservar pessoas sensíveis e animais como a cachorrinha presidencial
“Hoje, a alegria toma posse do Brasil, de braços dados com a esperança.” Minutos antes do discurso de posse ao povo brasileiro, aconteceu exatamente como previsto. A cachorrinha Resistência fez história e subiu a rampa do Planalto durante o ato de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (1º/01). Acompanhando os tutores Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, a cadelinha SRD (sem raça definida) inaugura a presença de pets no terceiro mandato do petista.
Além da cachorrinha, que após subir a rampa, acompanhou Lula recebendo a faixa das mãos de representantes do povo, a irmã Paris, outra doguinha sem raça definida, também vai morar no Planalto. A única que subiu a rampa, porém, foi Resistência por ter uma história emblemática ligada a Lula e a militância que permaneceu durante os 580 dias da prisão na sede da Polícia Federal em Curitiba.
Visivelmente agitada, Resistência foi passada por um assessor aos braços de Janja que a acalmou antes de colocá-la no chão para que acompanhasse a caminhada pela rampa. No meio do trajeto, o próprio presidente segurou a guia e andou mais um trecho com a cachorrinha, que retornou para o cuidador assim que todos chegaram ao alto da rampa.
A bichinha era apenas uma filhotinha quando acompanhava os apoiadores de Lula em Curitiba. Foi durante esse tempo que, em virtude do frio que fazia na cidade, Resistência ficou doente e Janja decidiu levá-la para casa e prestar os devidos cuidados. Exatamente neste período, quando ninguém sabia o que viria a seguir, é que já se falava na decisão de que a bichinha subiria a rampa no dia da posse.
Foi para preservar a saúde da cachorrinha e também de pessoas mais sensíveis ao barulho, inclusive autistas, que a primeira-dama teve a ideia de vetar os tradicionais disparos de canhão e fogos de artifício na cerimônia de posse. A disposição inicial do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), era manter a tradicional salva de tiros, mas ele reconsiderou a decisão.
Na onda dos doguinhos presidenciáveis, principalmente Resistência, o PT criou, em outubro de 2021, um setorial em defesa dos direitos dos animais. Em março de 2022, Resistência recebeu o título de embaixadora canina da adoção por sua função como inspiradora do movimento pró-direitos dos animais no partido.