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Por questão de segurança, Doria se mudará para o Palácio dos Bandeirantes

Governador diz que ele e família sofrem ameaças e agressivas manifestações na porta de sua residência, perturbando o bairro e vizinhos

  • Doria anuncia vacinação para adolescentes de 12 a 17 anos contra Covid.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 29/03/2021
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Governador diz que ele e família sofrem ameaças e agressivas manifestações na porta de sua residência, perturbando o bairro e vizinhos

 

Por questão de segurança, Doria se mudará para o Palácio dos Bandeirantes. Foto: Divulgação

 

O governador João Doria divulgou na tarde desta segunda-feira um comuncado no qual informou que se mudará para o Palácio dos bandeirantes por uma questão de segurança. O político disse que ele e família sofrem ameaças e agressivas manifestações na porta de sua residência, perturbando o bairro e vizinhos.

Doria afirmou que foi uma decisão difícil, mas difícil diante de muntas intolerâncias;

Leia a íntegra do comunicado:

“O negacionismo na pandemia deixou de ser um delírio das redes sociais, provocado pela paixão política, e está se tornando algo muito mais perigoso para a vida, a ciência e a democracia: uma seita intolerante e autoritária. Tenho enfrentado os seguidores dessa seita com inquéritos policiais e ações judiciais, com medidas sanitárias e vacinas, instrumentos da lei e da razão.

O fanatismo ideológico, porém, ignora a racionalidade e a legalidade. Ele tem ultrapassado os limites do embate político e do questionamento técnico com ameaças à segurança da minha família e agressivas manifestações na porta da minha residência, perturbando o bairro e vizinhos. Diante do radicalismo, decidi me mudar para o Palácio dos Bandeirantes. Ao menos, temporariamente.

 Regredimos a tempos obscuros em que a integridade a integridade física daqueles que defendem a vida e a democracia está sob ameaça.

Vivi esse mesmo sentimento quando acompanhei meu pai no exílio, um democrata cassado pela ditadura. Dessa vez, no entanto, não haverá exílio, nem ditadura. Haverá ciência, vacinas, vidas salvas e democracia.

Meu desprezo por estes extremistas que ameaçam a mim, a minha família e ameaçam pessoas que defendem a vida. É uma decisão difícil, mas necessária nesse momento de muita intolerância ao pensamento contraditório, de belicismo verborrágico e de cegueira ideológica.”