Polarização entre Bolsonaro e Haddad toma conta das redes sociais
Eleições gerais ocorrerão neste domingo e clima tenso toma conta do País
Eleições gerais ocorrerão neste domingo e clima tenso toma conta do País
A polarização entre os candidatos a presidente Jair Bolsonaro (PSL), líder das pesquisas de intenção de voto, e Fernando Haddad (PT), segundo colocado, tomou conta das redes sociais. O clima anda tenso no País e há intolerâncias de ambas as partes. São vídeos, mensagens e caricaturas usadas pelos eleitores para atacar as duas candidaturas. Com tanta “guerra” entre as partes, os demais candidatos praticamente foram esquecidos nas redes sociais.]
Bolsonaro é chamado de fascista pelos simpatizantes dos candidatos Haddad enquanto o petista é chamado de “fantoche” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que encontra-se preso em Curitiba.
Com ataques de ambas as partes, os simpatizantes dos dois presidenciáveis foram para as ruas neste fim de semana com atos contra e a favor e Bolsonaro, que deixou o hospital neste sábado (29/09), após 23 dias internado por ter sofrido um atentado em Juiz de Fora, Minas Gerais. Um homem o atacou com uma faca na região do abdômen, enquanto fazia campanha nas ruas. Enquanto embarcava no avião com destino ao Rio de Janeiro, os passageiros começaram a gritar “mito” e aplaudiram o presidenciável. Dos tripulantes, dois pediram trocar o voo devido a presença do candidato do PSL.
No ABCD, também houve confusão na última semana, quando correligionários tentaram inflar um pixuleco com a cara do Haddad. Houve confusão, bate boa e a Polícia Militar foi acionada. Enquanto os simpatizantes do Bolsonaro inflavam o boneco, membros do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) chegaram ao local e houve muita discussão e bate-boca.
O tumulto só acabou porque aliados de Bolsonaro decidiram retirar o boneco pixuleco. A palavra pixuleco é uma gíria da língua portuguesa utilizada como sinônimo de “propina”, “dinheiro sujo” e “dinheiro roubado”.
Outros
Com essa polarização que existe entre Bolsonaro e Haddad, o candidato a presidente pelo PSDB, Geraldo Alckmin, em campanha em Santo André na última semana, tinha ao seu lado pessoas que portavam placas com os seguintes dizeres: “Nem Bolsonaro, nem PT, agora é Alckmin”.
Também na região do ABCD, o candidato a presidente do PDT, Ciro Gomes, disse que o o País precisa de “uma solução equilibrada”, diante da divisão no País. “Ele (Bolsonaro) representa um pensamento compreensível, mas é um pensamento muito zangado, extremista, radical, mas a maioria esmagadora de nosso povo quer uma solução equilibrada e quer encerrar essa confrontação miúda que está mandando o país para trás, está fazendo com que famílias se dividam e jovens briguem de forma odienta na internet. Eu represento esse caminho que deixa os extremos de lado, encerra essa luta fratricida entre coxinhas e mortadelas”, disparou.
Eleições
No próximo domingo (07/09), o Brasil realizará o primeiro turno das Eleições Gerais de 2018. Mais de 147,3 milhões de eleitores estão aptos a votar no pleito para eleger o presidente da República, governadores dos estados e o do Distrito Federal, dois senadores por estado, deputados federais e deputados estaduais/distritais. Estão aptos a votar cidadãos que apresentam situação regular perante a Justiça Eleitoral, ou seja, não têm pendências que os impeçam de exercer o direito ao voto.
De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o voto no Brasil é obrigatório para todo cidadão, nato ou naturalizado, alfabetizado, com idade entre 18 e 70 anos. Para os jovens com idade entre 16 e 17 anos, pessoas com mais de 70 anos e analfabetos, o voto é facultativo. Não poderá votar nas eleições de outubro o cidadão que não tirou o título de eleitor nem regularizou sua situação perante a Justiça Eleitoral até 9 de maio, data-limite para o alistamento eleitoral visando a participação no pleito deste ano.