Pastor de Diadema fecha acordo com vereador e abre mão de indenização
Ambos foram ao Fórum na tarde desta sexta-feira, após reportagem publicada pelo ABCD Jornal
Ambos foram ao Fórum na tarde desta sexta-feira, após reportagem publicada pelo ABCD Jornal
O pastor de Diadema Cícero Monteiro Cavalcante abriu mão de receber do vereador Companheiro Sérgio (Cidadania) uma indenização de R$ 28,6 mil referente a uma ação movida por ele. O acordo foi feito na tarde desta sexta-feira (24/01) após publicação de reportagem do ABCD Jornal.
O acordo foi autorizado pelo juiz da 4ª Vara Cível de Diadema, Rafael Bragagnolo Takejima, que já havia determinado a penhora de 30% do salário até que fosse efetuado o pagamento do total do débito. O magistrado já tinha determinado que a Câmara fosse notificada para efetuar a execução.
O vereador terá de arcar apenas com os honorários advocatícios no valor de R$ 2,8 mil. “Chegamos a um acordo e ele abriu mão de receber o valor”, disse Companheiro Sérgio.
Entenda o caso
A ação foi movida pelo pastor devido a uma disputa pelas chaves da sede Associação Nova Conquista. De acordo com membros da entidade, Companheiro Sérgio se recusou a entregar as chaves e o pastor decidiu mover uma ação e saiu vitorioso.
Denúncia
Apesar de a ação ter sido movida enquanto pessoa física, membros da entidade afirmam que a questão refere-se à Associação e, portanto, o dinheiro tem de ser destinado a ela e não ao pastor.
Outra acusação é de que o pastor estaria sendo pressionado pelo vereador a fazer um acordo e abrir mão do recebimento da dívida. “Recebemos informação de que a mulher do pastor Cícero tem cargo na Prefeitura e o vereador estaria usando esse fato para pressionar o pastor, ameaçando-o com uma possível demissão da esposa dele”, disse um membro da entidade que preferiu não se identificar
Ao ser indagado sobre o fato, Companheiro Sérgio negou a acusação, mas admitiu que busca fazer um acordo com o pastor para diminuir o valor da dívida. O vereador afirmou que perdeu a ação porque não colocou advogado para defendê-lo no processo. “Não fizemos nada de errado. O pastor podia usar a entidade no horário de expediente. Nunca impedimos isso. O problema é que não apresentei a minha defesa. Achei que não ia dar em nada essa ação”, afirmou parlamentar.
O vereador acrescentou que a ação é de 2016, quando ainda não era vereador. Também rebateu da acusação sobre uma possível exoneração da mulher do pastor . “A pessoa está equivocada, pois quem faz contratação e demissão é o prefeito. Eu sou vereador e não tenho nada a ver com as questões administrativas da Prefeitura”. finalizou.
Pastor Cícero moveu ação contra vereador Companheiro Sérgio. Foto: Reprodução/Redes Sociais