Nova taxa de lixo em Mauá gera protesto e abaixo-assinado de moradores
Movimento contra cobrança estará na Praça 22 de Novembro, às 11h, deste sábado para coletar assinaturas da população
Movimento contra cobrança estará na Praça 22 de Novembro, às 11h, deste sábado para coletar assinaturas da população
A nova taxa de coleta, remoção e destinação final de resíduos sólidos em Mauá já começa a gerar insatisfação e movimentos contrários à cobrança, que teve inicio no mês passado. Um grupo de moradores estará na Praça 22 de Novembro, Centro, às 11h, neste sábado (26/05), para coletar assinaturas para um abaixo-assinado a ser entre às autoridades locais. “Cerca de 15 pessoas estará com coletes e faixas. Não concordamos com mais uma cobrança absurda. A Prefeitura deixou de pagar a coleta do lixo há muito tempo e agora eles querem que o munícipe pague essa conta”, disse Christian Seixas, um dos coordenadores do Grupo batizado como “Mauá quem ama não abandona”.
Quando o prefeito licenciado, Atila Jacomussi (PSB), mandou o projeto para a Câmara no fim do ano passado argumentou que o objetivo era sanar um débito da Prefeitura com a Lara Central de Tratamento de Resíduos Ltda, prestadora dos serviços na área do lixo, um total de R$ 14 milhões em dezembro de 2017.
A intenção da administração municipal é arrecadar mensalmente R$ 1,8 milhão. O município gasta por mês R$ 2,6 milhões com serviços prestados pela Lara. A Prefeitura também arca com a repactuação de uma dívida de R$ 43,1 milhões com essa mesma empresa, o que aumenta os gastos por mês para R$ 3,3 milhões.
A Prefeitura de Mauá, por meio de nota oficial, informou que diante de um impasse financeiro histórico, acumulado por antigas administrações, o governo anterior (Donisete Braga), estipulou a Tarifa de Contribuição e Destinação de Resíduos Sólidos, como forma de custear o serviço. “Desde que assumiu, a administração trabalha para sanar o débito e evitar a paralisação do serviço”, afirmou a nota.
De acordo com o governo, a taxa é cobrada na conta de água. Para a Prefeitura é a forma “mais fácil e menos onerosa ao contribuinte” e argumenta estar em conformidade com a legislação federal Lei n.º 11.445/2007 (Diretrizes Nacional para Saneamento Básico) e Lei n.º 12.305/2006 (Política Nacional de Resíduos Sólidos).
Ao ser questionada sobre quanto paga cada contribuinte, a administração afirmou que os valores variam. “O valor cobrado varia de acordo com alguns fatores como a produção de resíduos sólidos por metro cúbico calculado com base nas diretrizes federais citadas acima. De qualquer forma, se o morador quiser, pode solicitar a desagregação da referida fatura para cobrança individualizada por meio de carnê emitido pela Prefeitura de Mauá”, concluiu.