No ABCD, Eduardo Leite diz que 3ª via não pode ser polo de radicalização
Candidato na prévia do PSDB contra Doria e Arthur Virgílio, governador do Rio Grande do Sul foi recebido por lideranças em Santo André
Candidato na prévia do PSDB contra Doria e Arthur Virgílio, governador do Rio Grande do Sul foi recebido por lideranças em Santo André
Concorrente na disputa interna do PSDB que definirá em 21 de novembro o candidato tucano na corrida pelo Planalto nas eleições de 2022, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, esteve em campanha neste domingo (17/10), em Santo André, onde se encontrou com lideranças do partido na Região.
Durante sua fala, Eduardo Leite disse respeitar seus adversários na disputa – João Doria e Arthur Virgílio – , mas acredita que seu nome é o que representa o que “o país precisa nesse momento”, sem “ódio e radicalização”. O governador afirmou ainda que o momento é de pacificar o Brasil.
O governador disse que têm conseguido apoio de muitas lideranças no Estado de São Paulo, onde está seu principal adversário, o governador João Doria conta com a maioria dos diretórios. “Vamos vencer as prévias e iniciar a construção de uma alternativa de um centro democrático”.
Apesar de Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serem os líderes em todas as pesquisas eleitorais, o tucano acredita que uma terceira via vai surpreender e chegar ao segundo turno. Para ele, boa parte da população está cansada de “ódio” e ataques. Para ele, o País “não precisa de mito e salvador da pátria”, mas sim de alguém que tenha um “projeto político coletivo”.
“Estou no PSDB há 20 anos e temos maturidade no processo político que antes de tudo nossos adversários sequer são Lula e Bolsonaro, são os problemas que o Brasil tem, como inflação, desemprego, saúde em função da pandemia. Minha parte nesse jogo será na bola, sem ofensas e ataques pessoais, porque o PSDB precisa sair e sairá unido desse processo de prévias”, afirmou durante entrevista coletiva.
Ao ser indagado se é possível reverter o apoio que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu a João Doria, o governador disse entender que há uma proximidade dos dois políticos. “O ex-presidente Fernando Henrique sempre me dirigiu palavras de estímulo, me impulsiona na campanha, apesar de declarar apoio a João Doria, mas cada vez mais ele vê a onda do partido. Talvez Fernando Henrique vote no governador Doria nas prévias, mas vote em nós para presidente”, disse Eduardo Leite.
Ao ser indagado se apoiará João Doria caso o tucano vença as prévias, o governador disse que sim. O prefeito Paulo Serra também respondeu a mesma coisa quando questionado.
“A gente vai respeitar a decisão a partido”, afirmou o chefe do Executivo de Santo André ao acrescentar que espera que o município não receba represália por não apoiar o governador de São Paulo na prévias .
Até agora declararam apoio a Doria os diretórios do PSDB de São Bernardo e de São Caetano. Em, em Ribeirão Pires, o partido está dividido, enquanto em Diadema e Mauá não há definição. No encontro com Eduardo Leite, estiveram o vereador Eugenio Rufino, de Mauá, e o ex-vereador Voltarelli, de São Caetano.
Os vereadores tucanos de Santo André também foram ao local, com exceção do professor Minhoca. O presidente da Câmara, Pedrinho Botaro, e Evilásio Santana, o Bahia, discursaram em nome dos demais. Inclusive, Bahia aproveitou a presença no palco e deu uma máscara de presente para Eduardo Leite que foi confeccionada pelo Fundo Social, liderado por Ana Carolina, esposa de Paulo Serra. Bahia falou abertamente sobre a candidatura a primeira dama para deputada estadual.
“Hoje, ninguém no partido tem a capacidade de unir o PSDB e o País como o Eduardo Leite”, disse Paulo Serra.
Vídeos
Durante o evento, também foram veiculados vídeos ressaltando a questão de muitos brasileiros não querem mais “nem direita e nem esquerda”, mas sim uma candidatura agregadora e que represente harmonia.
Para finalizar o encontro com as lideranças, Eduardo Leite tocou pandeiro e tirou fotos com apoiadores.