Lauro acusa Morando de boicotar Diadema em serviço de saúde
Prefeito de Diadema diz que prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio teria tentado tirar seu município do Cross, mas foi impedido por outros gestores
Prefeito de Diadema diz que prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio teria tentado tirar seu município do Cross, mas foi impedido por outros gestores
O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), acusa o prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, Orlando Morando (PSDB), de tentar prejudicar a população de sua cidade, após seu desligamento da entidade. De acordo com o verde, o tucano tentou tirar Diadema do Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviço de Saúde) em nível regional. O Cross tem por objetivo a regulação da oferta assistencial disponível às necessidades imediatas do cidadão, visando promover a equidade do acesso da assistência ao paciente do SUS (Sistema Único de Saúde).
Lauro afirmou que durante recente reunião dos prefeitos no Consórcio foi discutida a proposta de as sete cidades – Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – se unirem para construir ações voltadas ao atendimento hospitalar e ambulatorial, o que evitaria a duplicação de especialidades, mas o presidente do Consórcio teria reivindicado a retirada de Diadema.
“O presidente do Consórcio iria prejudicar o povo de Diadema. Só não conseguiu porque os demais prefeitos não deixaram ele tomar essa decisão autoritária e antidemocrática. Ele não olha as pessoas simples, pessoas pobres de Diadema”, afirmou.
Lauro insinuou que seria uma vingança de Orlando Morando por ter deixado o Consórcio no ano passado. “Deixamos por uma questão financeira. Em 4 anos, Diadema teria de contribuir com R$ 20 milhões com o Consórcio. Não vou tirar alimento das escolas e tirar recurso da saúde para dar para um Consorcio que nunca trouxe retorno em investimento para a cidade”, avaliou.
O prefeito de Diadema acusa certa ingratidão por parte de Orlando Morando porque ele o apoiou em 2014 para a candidatura a deputado estadual. “Eu dei 15 mil votos para ele em Diadema e ele está sendo filho ingrato com Diadema. Eu dei esses 15 mil votos. Ele nunca teve isso (votação) em Diadema”, concluiu.
O presidente do Consorcio foi procurado desde a semana passada, mas até o fechamento da reportagem não havia dado retorno para se posicionar sobre as acusações de Lauro Michels.