Governo do Estado confirma programa de incentivo à indústria do ABCD
Governo estadual anunciou que deve liberar créditos acumulados de ICMS ao setor de ferramentaria, conforme solicitação do Consórcio
Governo estadual anunciou que deve liberar créditos acumulados de ICMS ao setor de ferramentaria, conforme solicitação do Consórcio
O secretário da Fazenda e do Planejamento do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles, anunciou nesta segunda-feira (25/03), durante o 1º Congresso Latino-Americano da Indústria Automotiva, realizado em São Bernardo, que o governo estadual lançará programa de fomento à indústria de ferramentaria, que tem forte atuação no ABCD. A medida foi sugerida em agosto de 2017 pelos prefeitos da região, por meio do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, em parceria com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Na ocasião, foi assinado protocolo de intenções que solicitava a liberação dos créditos acumulados do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço) para investimentos no setor.
O documento foi elaborado por meio de iniciativa conjunta entre a entidade regional e a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC. Também houve assinatura da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (Abinfer) e da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
“A liberação de recursos para estimular a cadeia produtiva e para que os municípios da região recuperem competitividade e redescubram sua vocação econômica é tema central dos trabalhos geridos pelo Consórcio. O anúncio do Governo do Estado possibilita aquecer o setor automobilístico e gera novos tributos, impulsionando a economia das cidades”, disse o presidente do Consórcio e prefeito de Santo André, Paulo Serra.
Meirelles afirmou que dentro de 10 dias o projeto deve ser formatado e publicado no Diário Oficial do Estado. “É um programa novo, que estamos anunciando agora, mas vamos detalhar nos próximos dias. Visa exatamente dar condições de crescimento e de aumento de investimentos na indústria da ferramentaria. Isso é fundamental não só para a região, mas para toda a cadeia produtiva locomotiva.”
O secretário estadual explicou como o recurso é gerado. “As indústrias automobilísticas têm créditos acumulados de ICMS. Por exemplo, a empresa pagou ICMS na compra de insumos e de bens. Esse imposto é deduzido na venda de veículos. No entanto, quando existe importação, fica isento de ICMS e o que foi pago na compra de bens e insumos fica acumulado em crédito”, afirmou Meirelles.
Em agosto de 2017, quando foi assinado o protocolo de intenções pelo Consórcio, era estimado que os recursos acumulados do ICMS atingiam cerca de R$ 5 bilhões.