Em S.Bernardo e S.Caetano, quem se recusar a tomar vacina vai para o fim da fila
A partir desta quinta-feira, desistentes terão que assinar termo de “recusa e responsabilidade”; nesta semana, cerca de 300 pessoas recusaram doses nos postos de vacinação de São Bernardo
A partir desta quinta-feira (1/07), desistentes terão que assinar termo de “recusa e responsabilidade”; nesta semana, cerca de 300 pessoas recusaram doses nos postos de vacinação de São Bernardo
As Prefeituras de São Bernardo e São Caetano adotaram a partir desta quinta-feira (01/07) novo protocolo para pessoas que recusarem a tomar a vacina contra a Covid-19 em razão da marca do imunizante. Quem desistir de se vacinar terá que aguardar o final do processo de imunização de toda a população adulta para ter acesso novamente à dose de proteção contra a doença.
No caso de São Bernardo, a medida exigirá a assinatura do termo de “recusa e responsabilidade” por pacientes que se negarem a receber a aplicação da vacina. As ações foram adotadas pelo município após cerca de 300 pessoas desistirem da aplicação da proteção, somente nesta semana, assim que souberam da marca do fabricante que seria utilizado no momento da imunização.
De acordo com o prefeito Orlando Morando, o objetivo da ação é conscientizar que vírus mata e não escolhe a vítima, bem como preservar a fluxo do processo de vacinação da cidade. “Não podemos prejudicar nossa eficiência na imunização por conta destas pessoas que querem escolher a dose. Insisto que vacina não é para escolher. Você lembra a marca da vacina que tomou de gripe? Não lembra. Por que agora, no meio da maior pandemia da humanidade, as pessoas querem escolher vacina? Todos os imunizantes ofertados em São Bernardo são aprovados pela Anvisa e cumprem o seu papel, de salvar vidas”, declarou o chefe do Executivo.
O documento, que passa a estar presente nos postos de vacinação a partir da próxima quinta-feira (01/07), será anexo ao prontuário do paciente da rede municipal de Saúde, informando que a cidade ofertou a vacina dentro do calendário e no prazo estipulado pelos Planos Nacional e Estadual de Imunização e que a pessoa se recusou a tomar a dose.
Somente nesta semana, pelo menos 300 pessoas recuaram no momento da aplicação da dose, quando tomaram ciência da marca do imunizante. Para o secretário de Saúde, Dr. Geraldo Reple Sobrinho, esse movimento é preocupante e retarda a cobertura vacinal no município contra o coronavírus. “Quanto antes tivermos nossa população elegível vacinada, poderemos retomar com segurança nossas atividades. Quem tem esse tipo de atitude é no mínimo egoísta e não pensa nas consequências que isso traz para toda a população. Temos que parar com esse movimento antivacinação. Vacina boa é vacina no braço”, completou.
São Caetano
A secretária de Saúde de São Caetano, Regina Maura, também lamentou a escolha de vacinas. “Temos acompanhado com muita preocupação um novo fenômeno. As pessoas que ficam escolhendo a vacina. O comportamento coloca em risco quem deixa de tomar a vacina e de quem está a sua volta. Todas as vacinas autorizadas pela Anvisa são são comprovadamente seguras e com eficácia muita próxima.; Portanto, não dá para preterir uma vacina em detrimento de outra. A melhor vacina é a que está no seu braço”, disse a secretária ao afirmar que quem escolher e “negligenciar” vai para o fim da fila.
De acordo com o calendário estadual, os moradores com 18 a 24 anos receberão a primeira dose até 15 de setembro. É somente após a vacinação de toda a população adulta que as pessoas que se recusarem a tomar a vacina (seja ela de qual laboratório for) poderão fazer o reagendamento, e sem qualquer garantia de que a de sua preferência estará disponível.
Para tentar impedir que a população escolha a vacina e trave o bom andamento da imunização na cidade, a Prefeitura deixou de informar antecipadamente a origem do imunizante a ser aplicado em cada grupo. Agora, as pessoas só tomam conhecimento de qual vacina receberá no momento da aplicação.
“Pessoas tentavam desmarcar o agendamento pelas redes sociais quando sabiam que era a vacina do laboratório A ou B. E ainda há aqueles que recusam no local da vacinação. Estes irão para o fim da fila”, salienta a secretária municipal de Saúde, Regina Maura Zetone. “Todas as vacinas são seguras e eficazes. A melhor vacina é a que está no seu braço”, reforça.
Cidade que mais vacina contra a covid-19 na Grande São Paulo, São Caetano ultrapassou nesta quinta-feira a marca de 50% da população vacinada com a primeira dose (61,3% da população adulta).