Dois dias após negar habeas corpus, Gilmar Mendes manda soltar João Gaspar
Ministro do STF estendeu benefício que havia dado ao prefeito Atila Jacomussi em 15 de junho
Ministro do STF estendeu benefício que havia dado ao prefeito Atila Jacomussi em 15 de junho
Dois dias depois de negar habeas corpus ao ex-secretário de Governo e de Transportes de Mauá João Eduardo Gaspar, o ministro de STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes autorizou a liberdade ao aliado do prefeito Atila Jacomussi (PSB). Gilmar já tinha mandado soltar o chefe do Executivo, em 15 de junho.
João Gaspar vai ser solto na noite desta sexta-feira (29/06). Ele foi preso pela PF (Polícia Federal) porque foram flagrados em sua residência, em 9 de maio, R$ 588,4, além de 2,9 mil euros. Na casa de Atila foram encontrados R$ 87 mil.
Para conseguir o habeas corpus, a defesa de Gaspar argumentou que os casos são semelhantes e o ministro reconsiderou a sua decisão de quarta-feira (27/06).
A exemplo do que fez com Atila Jacomussi, o ministro Gilmar Mendes pediu para o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da região) adote medidas cautelares. No caso do prefeito, foi determinado que não pode viajar ao exterior e sequer entrar no Paço. Ele foi afastado liminarmente do cargo de prefeito.
O advogado de defesa, Roberto Guimarães, disse que Gaspar e que as restrições serão adotadas pelo TRF-3 ainda esta noite. O advogado afirmou que está no Tribunal aguardando a decisão.
Tanto Gaspar quanto Atila ficaram primeiramente na carceragem da PF (Polícia Federal) e depois foram transferidos para a Penitenciária do Tremembé.
O Ministério Público Federal já apresentou denúncia contra Atila e Gaspar por lavagem de dinheiro, além de acusação de suposto desvio de dinheiro da merenda escolar.
Nesta quinta-feira (28/06), o ABCD Jornal publicou reportagem em que o advogado de Gaspar silenciou diante das perguntas sobre uma possível deleção premiada por parte do ex-secretário.