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  • Política

Deputado quer dispositivo no celular para mulher acionar polícia

Aplicativo de celular permitiria às mulheres fazer pedido de socorro

  • Luiz Turco é autor de projeto para criar mecanismos de segurança.
    Foto: Divulgação/Alesp
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 16/04/2018
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Batizado como “botão do pânico” no celular, proposta visa combate à violência contra a mulher

 

O governo do Estado recebeu proposta da Assembleia Legislativa para que o Estado crie um aplicativo gratuito de celular que permite às mulheres vítimas de violência o pedido de socorro por meio de um “botão do pânico”, que aciona a polícia de forma rápida em caso de emergência.

 

Luiz Turco é autor de projeto para criar mecanismos de segurança. Foto: Divulgação/Alesp

O documento, de autoria do deputado Luiz Turco (PT-Santo André), esclarece que muitas vezes a violência é dentro do próprio lar e com o dispositivo , a vítima acionaria a Polícia Militar, sem a necessidade de  digitar ou falar, o que evitaria assim uma exposição das mulheres.

“Alguns Estados brasileiros já adotaram essa prática e provaram que o aplicativo é uma ferramenta eficaz no combate a esse tipo de crime. Há também a possibilidade de que, com apenas um clique, amigos e familiares selecionados pela usuária sejam acionados quando necessário. É possível, também, o encaminhamento de denúncias anônimas, com a gravação de imagens e sons, que podem ser usados como provas contra o agressor”, disse o deputado.

De acordo com o parlamentar, dados estatísticos apontam a ocorrência de quase cinco assassinatos a cada 100 mil mulheres no Brasil, o que equivale a 13 feminicídios por dia. “O número coloca o país no vergonhoso 5º lugar no ranking mundial”, informou Turco.

Estudos mostram que dos 4,8 assassinatos de mulheres registrados em 2013 no Brasil, 50,3% foram cometidos por familiares, sendo que em 33,2% destes casos, o crime foi praticado pelo parceiro ou ex-parceiro. Uma pesquisa também revelou que cinco mulheres são espancadas a cada dois minutos no País, sendo que em mais de 80% dos casos reportados, o parceiro ou ex-parceiro é o responsável pela agressão.