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  • Política

Câmara de Mauá aprova mais um afastamento de Atila por até 30 dias

 Prazo começa a contar na quarta-feira, quando vencerá o primeiro pedido de licença de 15 dias

  • Dos 23 vereadores de Mauá, apenas 7 se reelegeram.
    Foto: Gislayne Jacinto
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 22/05/2018
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 Prazo começa a contar na quarta-feira, quando vencerá o primeiro pedido de licença de 15 dias

Câmara de Mauá autoriza Atila se ausentar do cargo por até 45 dias. Foto: Gislayne Jacinto

A Câmara de Mauá aprovou nesta terça-feira (22/05) mais um afastamento do prefeito Atila Jacomussi (PSB) por até 30 dias. Com a iniciativa, Atila poderá ficar ausente do cargo por 45 dias uma vez que na última semana uma outra licença de 15 dias já tinha sido autorizada pelo Legislativo. Como o prefeito foi preso pela PF (Polícia Federal) em 9 de maio, o primeiro prazo vence nesta quinta-feira (24/05). No lugar do chefe do Executivo está a vice Alaíde Damo (MDB).

Atila foi preso em flagrante porque a PF encontrou na sua casa a quantia de R$ 87 mil. Na residência do então secretário de Governo, o seu braço-direito João Eduardo Gaspar, exonerado na ultima semana, a polícia também encontrou R$ 588,4 mil, além de 2,9 mil euros. A prisão ocorreu durante a Operação Prato Feito que investiga um grupo de empresários criminosos que influenciavam agentes políticos a desviar dinheiro da merenda escolar. Atila nega as acusações e alega que o dinheiro é fruto de aluguéis de imóveis e de seu próprio salário de R$ 18 mil.

O presidente da Câmara, Admir Jacomussi (PRP), pai de Atila, afirmou que o afastamento é baseado no artigo 57, parágrafo 3, da LOM (Lei Orgânica do Município). “O prefeito pediu afastamento por estar preocupado com o andamento das coisas públicas. Ele não perdeu seus direitos políticos, não está condenado. Eu acredito na inocência dele”, disse.

Atila está na esperança de conseguir um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). O julgamento deve ocorrer ainda esta semana pelo ministro Gilmar Mendes. Na semana passada, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou a soltura do prefeito que encontra-se preso na carceragem da Polícia Federal, em São Paulo.

Requerimento

A Câmara também aprovou requerimento de autoria de todos os vereadores, no qual pede informação à Prefeitura se durante a gestão de Atila foram firmados contratos com as empresas investigadas na Operação Prato Feito. No Estado de São Paulo, 19 municípios são investigados, entre eles Mauá e São Bernardo.