Auricchio diz que vai até a última instância da Justiça para assegurar posse
Caso de indeferimento de registro de candidatura está no TSE, mas prefeito eleito afirma “ser natural” um recurso no STF em caso de sentença desfavorável O prefeito eleito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), afirmou que lutará até a última instância da Justiça para ter o direito de assumir o cargo de prefeito de […]
Caso de indeferimento de registro de candidatura está no TSE, mas prefeito eleito afirma “ser natural” um recurso no STF em caso de sentença desfavorável
O prefeito eleito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), afirmou que lutará até a última instância da Justiça para ter o direito de assumir o cargo de prefeito de São Caetano, conquistado nas urnas em 15 de novembro do ano passado. O caso encontra-se em tramitação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para julgamento do plenário. Mas o tucano disse ser “natural” recorrer ao STF (Supremo Tribuna Federal) em caso de julgamento contrário. “Isso é natural, mas não vai ser preciso”, afirmou Auricchio em tom de confiança quanto à decisão do plenário do TSE.
Auricchio, que concedeu uma entrevista coletiva neste sábado (22/05), após a inauguração de uma escola em São Caetano, acredita que até mesmo o relator pode mudar de voto por conta de recurso impetrado quanto à decisão sobre seu retorno. “É o tempo quem vai dizer isso. É o tempo e os sete ministros. Inclui, inclusive, o relator, embora já tenha dado um voto burocrático, que é factível de mudança. Então, são os sete juízes que irão decidir, agora o tempo, infelizmente, não tem na legislação eleitoral quanto a prazos definidos. Então, aí eu digo: que o apressado come cru”, afirmou.
O tucano evitou comentar sobre o andamento do processo. “Eu só irei comentar quando ele estiver transitado e julgado. Acho que já esgotei todas as possibilidades que tenho para falar sobre esse tema. Então, vou aguardar o trânsito em julgado. Depois do pleno, depois do embate e o TSE declarar trânsito em julgado, a gente comenta questões factuais”, disse.
Mudança de barco
Ao ser indagado sobre políticos que têm mudado de lado sem ainda ter uma definição se haverá outra eleição na cidade, Auricchio afirmou que são mudanças inócuas, tendo em vista que o caso está em tramitação na Justiça Eleitoral.
“Primeiro eu não vou entrar no mérito, pois eu confesso que não tenho acompanhado esse cenário, mas eu diria que é quase que extemporâneo e inócuo. Não serei deselegante com as pessoas que compõem, mas é inócuo nesse momento. Eu acho que foi a fala do Alex (Manente) ou do Tiago (Auricchio), que é pensar em aumentar a capacidade de imunização do município, ter estrutura para o enfrentamento de eventual terceira onda, entregar equipamentos para os comerciantes. Você falar agora de legendas de pouca expressividade ou ainda que tenham expressividade não vou entrar nesse mérito, é inócuo, não existe nada”, afirmou.
Sem citar nomes, o tucano fez críticas a adversários que já falam em eleições na cidade. “Eu escuto falar em prazos, em datas e eu fico abismado de ver como as pessoas conseguem de uma forma tão espontânea enganar os outros, que uma coisa é a gente ter a factualidade, agora, dar datas isso é enganar os outros, eu não sei como os enganados se sentem ao descobrirem isso. Então, a gente está decepcionado de ver esse tipo de atitude e atividade política, mas também não muda a história da cidade”, disparou.
Questionado sobre o ex-vereador Edison Parra, que chegou a ter foto dele no gabinete na Câmara, e agora mudou de lado para apoiar o grupo de Fabio Palacio (PSD), Auricchio avalia que ex-parlamentar teve uma decepção pessoal após ser derrotado nas urnas.
“É lamentável, mas a gente já tem uma experiência na vida pública que não nos causa mais decepções, porém eu acho que isso é uma decepção pessoal dele, então eu acho que é até compreensível do ponto de vista psicológico. A derrota pra alguns é um impacto que, às vezes, a pessoa não tem capacidade de suportar aquilo”, concluiu Auricchio.
Prefeito em exercício
O prefeito em exercício, Tite Campanella, também criticou pessoas que antecipam debate sobre eleições. “Tem gente fazendo política, fazendo campanha enquanto nós estamos trabalhando pra salvar vidas e entregar obras. O debate eleitoral é muito precoce e muito prematuro. Não temos a necessidade de discuti-lo agora. Nós não temos eleições marcadas, nós não temos nem tão pouco a resposta com relação ao prefeito Auricchio. Ele ainda terá que ser discutido no pleno do TSE. Ele ainda tem a possibilidade de recurso. Então, enquanto não houver isso ai totalmente definido a data de eleições marcadas pra São Caetano Do Sul , nós não vamos discutir eleições em nenhum aspecto”, finalizou.