
A forma como um profissional se apresenta pode determinar muito mais do que a primeira impressão, pode definir sua trajetória. Uma pesquisa conduzida por Isamar Troncoso (Harvard Business School) e Lan Luo (USC Marshall School of Business), publicada na Harvard Business Review, mostra que características visuais simples, como o uso de óculos, barba, brincos ou traje formal, influenciam diretamente na percepção e nas chances de contratação em processos seletivos online.
Para a consultora de imagem pessoal e corporativa Clara Laface, o estudo confirma o que a prática já revela há anos: o vestir é uma decisão de gestão.
“A forma como alguém se apresenta faz parte do desempenho profissional. Não é complemento: influencia diretamente como credibilidade e coerência são percebidas”, afirma Clara.
Ela explica que a aparência funciona como um filtro cognitivo rápido, que comunica pertencimento, preparo e intencionalidade, especialmente em ambientes corporativos, onde tempo e confiança são recursos escassos.
“Antes que a competência seja comprovada, ela é presumida — ou descartada — pela maneira como o indivíduo se apresenta visualmente”, reforça.
Segundo Clara, a forma de se vestir revela o nível de consciência que o profissional tem sobre o próprio papel. Em cargos de decisão, tudo o que é visível precisa estar alinhado ao que é intencional.
“A falta de cuidado não sinaliza autenticidade; sinaliza ausência de leitura de contexto”, alerta.
Ela ressalta que toda organização opera com códigos de confiança e pertencimento, e o vestir é um deles. Reduzir a aparência à ideia de estilo, diz, é ignorar sua função instrumental.
“O modo como alguém se apresenta mostra o quanto compreende as variáveis que interferem na própria reputação. Muitos ainda tratam a aparência como detalhe, mas detalhe é tudo o que afeta resultado.”
Tratar o vestir como decisão de gestão, segundo a consultora, é alinhar imagem, função e objetivos de forma coerente e estratégica, uma escolha que impacta diretamente reputação, performance e resultados.
“Vestir-se bem não é suficiente quando o comportamento desmente o discurso. Uma boa imagem pode abrir portas, mas apenas a integridade as mantém abertas”, conclui Clara.
Sobre Clara Laface
Clara Laface é fundadora da Clara Laface Imagem Pessoal & Corporativa, consultoria especializada na gestão estratégica da imagem de profissionais, líderes, equipes e organizações. Atua na intersecção entre aparência, comunicação, comportamento e marca pessoal, com foco em construir posicionamentos legítimos e consistentes.
A consultoria segue o modelo butique, caracterizado por atendimentos personalizados, metodologias próprias e projetos desenvolvidos sob medida, alinhados à identidade e aos objetivos de cada cliente.
Sua formação inclui certificações nacionais e internacionais, além de uma trajetória consolidada em marketing, liderança e governança. Foi Vice-Presidente de Marketing da AICI Brasil (2022–2024) e reconhecida como Membro do Ano em 2024, em reconhecimento à sua contribuição para o fortalecimento e a valorização
