TRE divulga vídeo sobre a preparação das urnas para as eleições; Assista
Mensagem do Tribunal Regional Eleitoral trata da zerésima feita por meio de amostragem
Mensagem do Tribunal Regional Eleitoral trata da zerésima feita por meio de amostragem para comprovar que não há nenhum voto na urna eletrônica
O TRE-SP divulgou vídeo na qual trata da segurança das urnas eletrônicas e a preparação para a votação nas eleições. Segundo a Corte, é importante reforçar constantemente a segurança do processo eleitoral. O vídeo trata sobre a emissão da zerésima, uma conferência feita por meio de amostragem na qual é feita uma simulação de votação e a impressão do boletim de urna. O objetivo é comprovar que não há nenhum voto na urna eletrônica.
Preparar as urnas eletrônicas para as eleições implica executar, entre outras, duas etapas fundamentais: a “geração de mídias” e a “carga das urnas”.
Dois objetos recebem e armazenam os dados eleitorais envolvidos nessas operações, e visualizá-los pode auxiliar bastante o entendimento sobre a dinâmica do processo. Trata-se do “flash card”, um pequeno cartão de memória quadrado e de formato chato, e da “memória de resultado” (MR), um pen drive em formato exclusivo da Justiça Eleitoral.
Ecossistema da urna eletrônica
Chama-se ecossistema da urna o conjunto de 28 aplicativos (ou softwares), desenvolvidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que viabilizam a automatização do funcionamento da urna eletrônica. Eles contêm assinaturas digitais que servirão como indicadores da autenticidade e integridade dos sistemas ao longo de toda a cadeia do processo.
Após o TSE chegar à versão definitiva dos sistemas e os assinar digitalmente, esse ecossistema é disponibilizado a cada Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que estabelece o processo de distribuição, instalação e importação dos dados eleitorais para dar seguimento ao preparo da votação.
Geração de Mídias
Em cerimônia pública, geralmente realizada nos cartórios eleitorais, ocorre a geração das mídias que irão preparar as urnas de cada seção daquela zona eleitoral. Gerar as mídias significa dizer que o ecossistema da urna – alimentado com os dados eleitorais específicos daquele pleito, a exemplo dos nomes dos candidatos aptos – será gravado nos “flash cards” e nas “mídias de resultado” que alimentarão as urnas.
É importante ressaltar que os flash cards são usados para gerar três tipos de mídia: de carga, de votação e de contingência.
A mídia de carga insere as instruções de funcionamento na urna eletrônica, mas não a acompanha. Já a mídia de votação fica instalada na máquina e grava todas as operações realizadas, notadamente a votação. A mídia de contingência, por sua vez, serve para dar carga na urna que irá substituir outra que apresentou defeito.
Para efeitos de controle, são registrados na ata da cerimônia a quantidade de mídias de carga e de votação geradas, bem como os nomes dos técnicos responsáveis pela operação.
Carga das Urnas
Geradas as mídias, é preciso dar carga nas urnas. Isso ocorre em duas etapas.
Primeiramente, utiliza-se uma mídia de carga para inserir o ecossistema da urna eletrônica em cada uma das máquinas. Um único cartão é capaz de dar carga em várias urnas. Num segundo momento, são instaladas na urna uma mídia de votação e uma memória de resultado. A mídia de votação ficará intocada por um período legal determinado após as eleições, caso seja necessário executar algum procedimento de auditoria. A memória de resultado será retirada da urna pelo presidente da seção e entregue à junta apuradora para transmissão e totalização dos votos.
Após dadas as cargas, realiza-se uma conferência por amostragem em até 3% das urnas escolhidas aleatoriamente, por meio de teste de votação com dados oficiais. Emite-se a zerésima, simula-se uma votação e imprime-se o boletim de urna.
Verificação
Em qualquer fase de distribuição dos sistemas desde o TSE até os cartórios eleitorais, é possível empregar recursos de auditoria como a verificação da assinatura dos sistemas, e também a comparação dos resumos digitais emitidos pela urna com os publicados pelo TSE na internet. Isto é, conferir se os sistemas naquela etapa da cadeia de transmissão conferem com a versão oficial.
Além disso, os partidos políticos, a OAB e o Ministério Público são convidados a acompanhar todas as fases de preparação descritas neste artigo. Desde a lacração dos sistemas, podendo inclusive assiná-los digitalmente junto com o TSE, até a carga das urnas realizada no cartório eleitoral.