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TJ manda prender vereador do PSDB de S.Bernardo

Mário de Abreu, acusado pelo Gaeco de cometer irregularidades quando era secretário do Meio Ambiente, está foragido de acordo com MP

  • Mário de Abreu é acusado de cobrar propina na Prefeitura de São Bernardo.
    Foto: Reprodução
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 20/06/2018
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Mário de Abreu, acusado pelo Ministério Público de cometer irregularidades quando era secretário do Meio Ambiente, está foragido de acordo com MP

Mário de Abreu é acusado de cobrar propina na Prefeitura de São Bernardo. Foto: Reprodução

O desembargador Euvaldo Chaib, da 4ª Câmara de Direito Criminal do TJ (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), decretou nesta terça-feira (19/06), a prisão preventiva do ex-secretário de Gestão Ambiental e atual vereador de São Bernardo Mario Henrique de Abreu, acusado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) de cobrar propina na liberação de licenças ambientais, quando foi secretário no início da gestão do prefeito Orlando Morando (PSDB).

Também tiveram a prisão decretada o ex-diretor de licenciamento ambiental do município Sergio Souza de Lima, o ex-servidor municipal Tiago Alves Martinez e também e André Luiz Poleti, Izaias Antônio de Araújo, João Antônio Cambauva e Simone Cristina de Lima Brito.

De acordo com o Ministério Público, todos eles são réus em processo decorrente da Operação Barbatana, deflagrada pelo Gaeco no ano passado. Houve tentativa de cumprimento dos mandados na manhã desta quarta-feira (20/06), mas nenhum dos réus foi localizado. O vereador não apareceu na sessão da Câmara.“ Agora, são todos considerados foragidos da Justiça”, informou o MP.

Prisão

Essa não foi a primeira vez que foi pedida a prisão dos réus. Quando o MP fez a  denúncia contra as sete pessoas, o Gaeco havia pedido a prisão preventiva de todas elas, mas a solicitação foi indeferida pela juíza de Direito da 4ª Vara Criminal de São Bernardo. “Inconformados, os promotores de Justiça recorreram da decisão, que foi liminarmente concedida pelo Tribunal. O relator do recurso entendeu que a prisão preventiva dos réus era necessária tendo em vista o vasto poder econômico e influência política dos membros da organização criminosa, além da já comprovada intimidação de testemunhas e vítimas no curso do processo”, informou o Ministério Público.

O MP informou que em outubro de 2017, a Operação Barbatana desmantelou organização criminosa liderada por Abreu e que cobrava propinas para liberação de multas ambientais, concessão de licenças ambientais e autorizações para supressão de vegetação no município.