Sindserv apresenta alternativa à mudança do auxílio-transporte de Mauá
Medida adotada pelo governo Marcelo Oliveira no fim de junho desagradou categoria
Medida adotada pelo governo Marcelo Oliveira no fim de junho desagradou categoria
Em busca de alternativas para a mudança na forma de pagamento do auxílio-transporte, o Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos (Sindserv) de Mauá propôs, em reunião com a gestão, nesta segunda-feira (10/07), a adoção de cartão mobilidade com a função débito, para que os trabalhadores conservem a autonomia sobre opções de deslocamento entre residência e local de trabalho.
Por conta da insatisfação da categoria, desde o anúncio da alteração na forma de pagamento do auxílio-transporte, no dia 29 de junho, o Sindserv tem dialogado com a Administração Municipal no sentido de reverter a situação dos servidores que dependem do benefício.
De acordo com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre o município e o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), sem a participação do Sindserv, a Prefeitura de Mauá alterou a forma de pagamento do auxílio-transporte para a modalidade cartão com créditos eletrônicos. Segundo o Sindserv, o documento não torna obrigatória a adoção de cartão na modalidade transporte, como Bilhete Único ou o cartão SIM.
Para o Sindicato, adotar o formato de cartões transporte vai onerar o município, já que no próprio sistema municipal a tarifa na modalidade vale-transporte é mais cara (R$ 6,00), de acordo com o Decreto Municipal 8.975/2021.
Para o presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo, se adotar os cartões-transporte apenas as empresas de transporte serão beneficiadas. “Apresentamos uma alternativa, se mesmo assim decidirem por adotar o cartão-transporte, os servidores não poderão optar pelo melhor modal a utilizar, já que será o RH ou a empresa que operar os cartões quem vai decidir o roteiro e os itinerários e vemos diariamente na TV como são falhas as malhas do transporte público”, avaliou.
“Não queremos que o benefício seja utilizado de forma irregular, mas não podemos deixar de observar que se os servidores perderem sua autonomia para deslocar-se de casa para o trabalho, quem perderá além dos próprios trabalhadores serão os usuários dos serviços públicos”, defendeu Jesomar.
A proposta do Sindicato é que a Administração adote um tipo de cartão mobilidade, com a função débito, para que os servidores possam utilizar os créditos em qualquer modal do transporte. Assim, o município cumprirá com a obrigação imposta pelo MP-SP de manter o pagamento do benefício em forma de meio eletrônico ou tecnológico, conforme disposto no TAC.