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Sem aprovação dos bombeiros, escola de Diadema tem problemas estruturais  

Vereador Eduardo Minas ouve reclamação dos pais e leva denúncia à Promotoria; Prefeitura diz que prédio está em constante manutenção

  • Parquinho de escola está desativado em virtude do mato alto.
  • Por: Juliana Finardi
  • Publicado em: 19/02/2024
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Vereador Eduardo Minas ouve reclamação dos pais e leva denúncia à Promotoria; Prefeitura diz que prédio está em constante manutenção

mato em parquinho de escola

Parquinho de escola está desativado em virtude do mato alto.

Além do foco nos estudos, os 1.158 alunos da Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Átila Ferreira Vaz, de Diadema, também precisam se preocupar com as condições estruturais da escola. Problemas como mato alto, goteiras, falta de segurança nas escadas e banheiros em condições precárias, além da quadra interditada são questões diárias que afligem pais e estudantes.

A Emeb também não possui o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), documento que garante que a edificação tem condições de segurança contra incêndio. Do total de alunos, 1.088 são crianças do 1º ao 5º ano (6 a 10 anos) e 77 são adultos que cursam a EJA (Educação de Jovens e Adultos). A escola tem aulas das 7h às 22h45 todos os dias.

Procurado pelos pais, o vereador Eduardo Minas foi até a escola, constatou os problemas e fez uma denúncia ao MP (Ministério Público) da cidade relatando que o local é “impróprio e inseguro” para abrigar os alunos em atividades regulares.

“O que chamou a minha atenção em primeiro lugar foi a condição estrutural da quadra. Ela está interditada por longos meses pela própria Defesa Civil por questões de ordem estrutural”, disse o vereador.

quadra da escola de Atila

Quadra em escola Atila está interditada em Diadema.

O parlamentar também afirmou que a falta do AVCB é inaceitável e deixa as crianças em risco. “Se fosse uma instituição de ensino particular ou um estabelecimento comercial qualquer, a administração municipal teria a obrigação de exigir o AVCB. Mas, como casa de ferreiro, espeto de pau, a Prefeitura cobra e tem um equipamento público com crianças e profissionais de educação sem as condições exigidas por lei, um ato de total irresponsabilidade da administração.”

A desempregada Nilma da Silva Alves, 33 anos, é mãe da Laura Manoela, de 6 anos, que muitas vezes nem quer ir para a escola. “O parquinho está interditado por causa do mato alto, não é um ambiente agradável para as crianças. Isso sem contar as salas que têm goteira e os banheiros precários. Minha filha é pequena e me sinto muito insegura. As escadas têm rachaduras e só existe corrimão em uma delas. De repente, alguma criança pode se machucar”, criticou a mãe.

Ela faz questão de afirmar que os professores são ótimos e que toda a equipe educacional se esforça para oferecer o melhor ensino possível, mas que as “condições estruturais não favorecem”.

mato na escola de Diadema

Crianças não podem utilizar os parquinhos e brinquedos da escola e mães reclamam.

A Secretaria de Educação informou, por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura, que o prédio da escola está em constante manutenção, considerando ser uma escola que atende centenas de estudantes diariamente.

“Desde 2021, a atual Gestão criou o Programa Escola Bem Cuidada que, num primeiro momento priorizou a reforma das cozinhas, e a Escola Átila é um exemplo. Entre outras reformas feitas lá, os banheiros foram todos reformados. Na última semana, foram resolvidos problemas de infiltração no telhado que tinham sido levadas na última tempestade.”

A Prefeitura também afirma que tem um programa chamado “Escola Bem Cuidada” que destinou um total de R$ 27.399.400 a todas as unidades escolares para que pudessem, de forma mais ágil, resolver problemas de manutenção e limpeza de caixa d’água, combate aos insetos e desratização. “Quanto ao AVCB, sua atualização é uma prioridade, assim como as demais unidades escolares”, diz a nota.

Sobre a quadra e o prédio no geral, a Prefeitura informou: “A quadra, desativada na gestão anterior, terá a cobertura e estrutura desmontada já no próximo mês e colocada em uso, e concomitantemente uma licitação corre em curso para construção de nova cobertura. Quanto ao prédio como um todo, foram realizados: revisão da parte elétrica, impermeabilização da caixa d’água, correção do piso externo, construção de sala em alvenaria substituindo um container, substituição do toldo da entrada, entre outras coisas, como a instalação de pontos de rede de Internet em todas as salas de aulas e administração.”