VOLTAR
  • Política

Sargento Lobo bate boca com professores que defendem orientação sexual nas escolas

Projeto do vereador que proíbe abordagem sobre gênero nas salas de aula de Santo André foi aprovado em primeira discussão, na última semana, na Câmara

  • Professores foram até a Câmara manifestar contra projeto do vereador Lobo que proíbe abordagem sobre gênero nas salas de aula de Santo André.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 17/09/2019
  • Compartilhar:

Projeto do vereador que proíbe abordagem sobre gênero nas salas de aula de Santo André foi aprovado em primeira discussão, na última semana, na Câmara

 

Professores foram até a Câmara manifestar contra projeto do vereador Lobo que proíbe abordagem sobre gênero nas salas de aula de Santo André. Foto: Divulgação

Cerca de 20 professores foram até a Câmara de Santo André nesta terça-feira (17/09) para manifestar contra o projeto do vereador Sargento Lobo que proíbe as escolas municipais de abordar o tema ideologia de gênero e   da orientação sexual nas salas de aula.

Maíra Machado, diretora de oposição da Apeoesp, disse que esse grupo de docentes defendem a rejeição da matéria em segunda discussão. Ela disse que esses professores estão dispostos a fazer mais manifestações e apelar para o prefeito Paulo Serra (PSDB) vetar o projeto caso seja aprovado em segundo turno. Somente a bancada do PT votou contra o projeto de Lobo.

“Esse projeto é um absurdo, pois dentro das salas de aula tem de ter orientação sexual, para prevenir doenças e gravidez. Não é comum os adolescentes discutirem esse assunto com os pais. A escola é um lugar de debates de ideias” disse a educadora Maíra.

O vereador Lobo, que chamou os manifestantes de “esquerdistas” durante o bate boca, acredita na aprovação em segunda discussão, na semana que vem.  “Esse projeto é uma reivindicação das igrejas evangélicas e católicas. É um assunto também que já tem concordância em nível federal. Não podemos  deixar que por causa de uma minoria da população, queira definir o que é melhor para nossos filhos em matéria de orientação sexual que, consequentemente, envolvem valores culturais, familiares, morais e religiosos, ainda mais no nosso país de predominância cristã”, justificou  vereador.