A Comissão Especial da Câmara Municipal de São Bernardo, encarregada de apurar os casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas, ouviu na manhã desta segunda-feira (13/10) os representantes dos bares interditados Boteco da Villa e Villa Jardim Bar. Os empresários prestaram depoimento para esclarecer a origem das bebidas que motivaram o fechamento cautelar dos estabelecimentos.
A reunião, conduzida pelo vereador Julinho Fuzari contou com a presença de John Cunha Vieira, proprietário do Boteco da Villa, e Plínio Nascimento Costa, sócio do Villa Jardim Bar. Funcionários do Boteco da Villa também acompanharam a sessão.
Origem dos Destilados em Foco
Durante seu depoimento, John Cunha, do Boteco da Villa (localizado no bairro Pauliceia), afirmou que o estabelecimento recebia bebidas destiladas de um total de cinco fornecedores diferentes, garantindo que todas as transações eram feitas com a devida emissão de notas fiscais.
Por sua vez, Plínio Nascimento, do Villa Jardim Bar, destacou que o local possuía uma relação comercial mais restrita, trabalhando com apenas um fornecedor de bebidas destiladas. Pesa sob esse estabelecimento a informação da família da jovem Bruna que faleceu por intoxicação por metanol após frequentar o bar. O dono afirmou que confia na justiça com relação à apuração dos fatos.
Interdição Mantida
Os dois estabelecimentos permanecem com as atividades suspensas. De acordo com informações da Prefeitura de São Bernardo, a interdição cautelar foi determinada pela Vigilância Sanitária Municipal em colaboração com técnicos da Vigilância Sanitária Estadual (GVS-7). A medida será mantida até que as investigações sobre os casos de adulteração por metanol sejam totalmente concluídas, visando garantir a segurança e a saúde da população.
A Comissão Especial da Câmara segue acompanhando o desdobramento do caso e as investigações para identificar a cadeia de distribuição e produção das bebidas adulteradas.
