
Cláudia Pereira Dos Santos Daliessi, tia de Lucas Silva Santos, o jovem que foi envenenado com um bolinho de mandioca, quebrou o silêncio e concedeu uma entrevista coletiva à imprensa nesta terça-feira (15/07). Em um depoimento emocionado, Cláudia se declarou inocente e apontou seu irmão, padrasto da vítima, como o principal suspeito do ato que chocou o ABCD.
A reviravolta no caso ocorreu nesta terça, quando as investigações passaram a focar no irmão de Cláudia, que anteriormente havia sido implicada no suposto envenenamento. Cláudia Daliessi foi a responsável por preparar os bolinhos de mandioca, que foram solicitados por seu irmão e, posteriormente, entregues a Lucas.
Visivelmente abalada, Cláudia expressou seu choque com a situação, especialmente por se tratar de seu próprio irmão. “Eu estou muito abalada, muito abalada, porque ele é meu irmão, é meu sangue”, disse ela, com a voz embargada. “Apesar de tudo que aconteceu, eu o amo demais, ele é meu irmão.”
Ao ser questionada sobre a possibilidade de envolvimento por questões financeiras, Cláudia foi enfática: “Não, em nenhum momento, nenhum momento, dinheiro não é tudo. Não, jamais.”
A tia de Lucas disse ser conhecida por seu amor pela culinária. Ela fez questão de ressaltar que cozinhar é um hobby para ela e que sempre o faz com carinho para a família. “Eu gosto de cozinhar, adoro cozinhar, é um hobby meu”, afirmou. “Eu gosto de cozinhar sempre comidas diferentes, todos os dias. Recebo meus sobrinhos na minha casa, então eu gosto de fazer banquete para os meus sobrinhos, para eles comerem várias coisas. Eu sou uma tiazona, eles estão aqui para provar para vocês que eu sou uma ótima tia.”
Cláudia negou veementemente qualquer intenção de envenenar o alimento. “Não, nenhum bolinho envenenado, em nenhum momento”, declarou. Ela explicou que a troca de comidas entre ela e o irmão era algo comum na família. “O meu irmão, eu e meu irmão, nós temos uma, como fala, nós sempre um mandava coisa para o outro, bolo, comida, nós somos irmãos, nós somos família. Todo mundo faz isso.”
A tia de Lucas detalhou como a solicitação dos bolinhos aconteceu. Segundo ela, seu irmão a contatou para saber como ela estava, preocupado com sua saúde, já que Cláudia tem diabetes. “Nesse dia ele me mandou uma mensagem perguntando como eu estava”, relatou. “Eu falei que estava ótima, estava bem, porque eu tenho diabetes, estou com problema de glicose. E ele se preocupou comigo, ele mandou uma mensagem para mim perguntando como é que eu estava.”
Foi nesse momento que ela mencionou que estava preparando os bolinhos. “E aí eu falei para ele, eu estou bem, estou fazendo uns bolinhos aqui, entendeu? Uns bolinhos de mandioca. E simplesmente ele pediu os bolinhos para mim, pediu.”
Cláudia reiterou que enviou apenas cinco bolinhos de mandioca e que pediu para sua filha de nove anos entregá-los, com todo o carinho. “Eu mandei os bolinhos, cinco bolinhos, cinco bolinhos, tá? Não vai falar coisas que vocês não sabem. E pedi para minha filhinha de nove anos levar, com todo amor e carinho, como sempre, como eu estou falando para vocês, que eu sempre cozinhei na vida.”
A vida de Cláudia, segundo ela, se transformou em um “inferno” após os acontecimentos. “E foi isso, depois aconteceu todo esse percurso num sábado de manhã e a minha vida se transformou num inferno.”
A polícia de São Bernardo do Campo segue investigando o caso, e o depoimento de Cláudia Daliessi foi crucial para os próximos passos da investigação.
