A Comissão Especial de Obras da Câmara Municipal de São Bernardo do Campo se reuniu nesta quinta-feira (10/07) para divulgar durante coletiva à imprensa as primeiras informações sobre a investigação da nova alça de acesso à Rodovia Anchieta no seu km 16. Os vereadores informaram aos jornalistas que a primeira fase da intervenção, que já consumiu mais de R$ 32 milhões, teria sido iniciada sem a autorização da Ecovias, concessionária responsável pela rodovia.
O presidente da Comissão e líder de governo, Julinho Fuzari (Cidadania), afirmou que, em contato com o secretário de Transportes, Mobilidade e Infraestrutura, Francisco José Carone, duas informações foram confirmadas que agora passarão por discussão em audiências públicas com os moradores.
“O que muito nos surpreendeu, surpreendeu toda a comissão naquele momento lá, foi que o Carone, o secretário, junto com os técnicos, nos apresentaram documentos, onde ficou comprovado que se iniciou esta obra, que foram gastos mais de R$ 32 milhões com esta obra, só na primeira etapa dela, e que era uma obra que ainda não tinha o Ok, não tinha certificação da Ecovias”, declarou Fuzari à imprensa.
Ainda de acordo com o vereador, a segunda etapa da obra, que contemplaria uma nova alça no mesmo quilômetro, só poderia ser realizada com essa certificação. Contudo, o pedido à Ecovias, segundo Fuzzari, só foi feito após o término da primeira etapa, em outubro do ano passado. A negativa oficial da concessionária veio em dezembro de 2024, alegando “uma série de erros técnicos no planejamento desta obra”, o que impede a aprovação da segunda fase.
As investigações da Comissão Especial de Obras continuam. Diante das constatações técnicos que atuaram na obra também devem ser chamados. O grupo também não descarta a possibilidade de convidar o ex-prefeito Orlando Morando para falar sobre o planejamento e a execução da obra durante sua gestão.
