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S.Bernardo intensifica fiscalização contra crime ambiental na região pós-balsa

Estratégia, apresentada pelo prefeito Orlando Morando na manhã desta terça-feira, visa coibir construções irregulares, caça e pesca predatória e o desmatamento na área de manancial

  • São Bernardo intensifica fiscalização contra crime ambiental na região pós-balsa.
    Foto: Divulgação/PSBC-Ricardo Cassin
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 28/07/2020
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Estratégia, apresentada pelo prefeito Orlando Morando na manhã desta terça-feira, visa coibir construções irregulares, caça e pesca predatória e o desmatamento na área de manancial

 

São Bernardo intensifica fiscalização contra crime ambiental na região pós-balsa. Foto: Divulgação/PSBC-Ricardo Cassin

 

Em continuidade às ações permanentes de preservação da região do pós-balsa, que inclui os bairros Tatetos, Capivari, Santa Cruz, Taquacetuba e Curucutu, área de proteção ambiental localizada às margens da Represa Billings, a Prefeitura de São Bernardo deu início, nesta terça-feira (27/08), ao Programa de Fiscalização e Combate ao Desmatamento e Crimes Contra a Fauna e a Flora. Trata-se de ação conjunta entre as forças de segurança, habitação e meio ambiente para evitar construções e descartes irregulares, supressão de vegetação, caça e pesca predatória no local.

“A preservação da região do pós-balsa é uma das nossas principais preocupações desde o início da gestão, em 2017. Nosso posicionamento é muito claro. É tolerância zero para evitar o avanço das construções irregulares, desmatamento e caça ilegal. Vamos garantir que aqueles moradores que já estão aqui continuem, mas não admitimos novas invasões. Não fosse esse cuidado, certamente a ocupação dessa área, que é um território de manancial, teria aumentado em 50%. Nossa preocupação é em manter nossos recursos naturais, em especial a Billings, que é a nossa caixa d’água e foi fundamental para o Estado quando enfrentamos a crise hídrica”, considerou o chefe do Executivo.

O plano que intensifica as operações policiais contra irregularidades ambientais no pós-balsa foi apresentado pelo prefeito Orlando Morando em ato simbólico, realizado de acordo com os novos protocolos sanitários estabelecidos para o combate à Covid-19. O evento contou com a presença de poucas autoridades, respeitando o distanciamento mínimo entre elas e as regras de higiene, bem como o uso de máscaras.

A estratégia de combate aos crimes ambientais no pós-balsa contará com trabalho conjunto entre a Guarda Civil Municipal (GCM) Ambiental, Ronda Ostensiva Municipal (Romu), 1º Batalhão de Policiamento Ambiental, 6º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, Delegacia de Investigação de Infrações e Crimes contra o Meio Ambiente (Dicma), 4º DP (Riacho Grande), além das secretarias de Segurança Urbana, Meio Ambiente e Proteção Animal e Habitação (Departamento de Controle de Adensamento Habitacional). Estima-se que a região do pós-balsa reúna 20 mil moradores, sendo metade em imóveis irregulares.

“Essa integração entre as forças policiais e as secretarias é fundamental e garante um trabalho coordenado e mais eficaz no combate ao crime”, observa o secretário de Segurança Urbana, o tenente coronel Aparecido Chaves de Sousa. Secretário de Meio Ambiente e Proteção Animal, José Carlos Pagliuca explica que a região do pós-balsa sofreu danos ambientais graves nos últimos anos, por isso, a necessidade de uma ação permanente para garantir a manutenção das espécies nativas.

 

Estratégia, apresentada pelo prefeito Orlando Morando na manhã desta terça-feira (28/07), visa coibir construções irregulares, caça e pesca predatória e o desmatamento na área de manancial. Foto: Divulgação/PSBC-Ricardo Cassin

 

FISCALIZAÇÃO – Desde 2017, a Prefeitura de São Bernardo, em ação conjunta com o Ministério Público (MP), adotou política de respeito e preservação ao Meio Ambiente, ampliando as ações de controle às margens da represa. Neste sentido, todo o transporte de materiais para a construção civil com destino ao pós-balsa é submetido à fiscalização.

Além das construções irregulares e transporte e descarte de material de construção e de resíduos sem autorização, o programa de fiscalização permanente também irá monitorar movimentação de terra sem autorização, supressão de vegetação, caça e criação de animais silvestres e pesca predatória.