Reunião frustra responsáveis e mães vão à Justiça por vagas no G5 em Mauá
Encontro com secretário de Educação na escola Martin Luther King Jr. não definiu futuro das crianças matriculadas atualmente no G4
Encontro com secretário de Educação na escola Martin Luther King Jr. não definiu futuro das crianças matriculadas atualmente no G4
Pais e responsáveis por crianças matriculadas na escola municipal Martin Luther King Jr., de Mauá, pretendem acionar a Justiça por uma vaga para o próximo ano letivo. Todos saíram frustrados de uma reunião na manhã desta segunda-feira (06/11) agendada para definir o futuro dos alunos que cursam atualmente o G4 e ingressarão no G5 em 2024.
É que até agora os pais não puderam rematricular as crianças para o ano que vem com a alegação de que, em virtude de uma superlotação na creche (anos iniciais com bebês atendidos na mesma escola), o G5 seria transferido para outras unidades escolares da cidade.
Durante a reunião, o secretário de Educação, José Luiz Cassimiro, informou aos pais que a ideia era manter uma ou duas salas de G5 na Martin Luther King Jr. para o ano que vem e que o critério de escolha para definir quais alunos permaneceriam na escola seria a geolocalização, ou seja, aqueles que residem mais próximos. Atualmente, quatro salas atendem as crianças matriculadas no G4.
“Disseram que o projeto para resolver o problema da superlotação na creche está acontecendo desde agosto, mas nunca nos informaram sobre isso. Muito menos fomos avisados sobre a possibilidade de transferência dos nossos filhos”, criticou Danielle Ribeiro Neves Camargo, mãe de Benício, de 4 anos, que cursa o G4 neste ano.
Ela também afirmou que até mesmo as famílias que residem nas redondezas da escola, como é o caso dela, saíram da reunião sem a rematrícula.
Enquete
No final da manhã desta segunda-feira (6/11), logo após a reunião, os pais foram convidados, através do grupo oficial de Whatsapp da escola, a responder a uma enquete sobre a intenção de manterem os filhos na mesma escola no G5 ano que vem. O prazo para responder terminaria às 14h do mesmo dia.
“A gente nem sabe o motivo dessa enquete, se foi por causa da reunião de hoje ou que eles vão fazer. Não aceitamos as duas salas que propuseram, queremos as cinco”, afirmou a mãe Andréa de Fátima dos Santos Pereira, de 47 anos.
O deputado por Mauá, Átila Jacomussi, que acompanha a insatisfação das mães desde a última semana, diz que a reunião com a Prefeitura na escola foi muito ruim e lamenta que seu nome tenha sido citado em meio ao que chamou de “acusações políticas”.
O vereador oposicionista Sargento Simões (PL) esteve presente à escola nesta manhã, afirma que o caso reflete a falta de estrutura da Prefeitura e diz que vai apresentar projeto para garantir vagas terceirizadas.
“Se o governo tivesse repensado os empréstimos e dívidas, teria sobrado dinheiro para construir novas creches necessárias para a cidade. O que falta é vontade política para resolver o problema. Estou apresentando um projeto de lei para que as crianças de zero a 3 anos possam entrar em vagas terceirizadas em escolas conveniadas.”
Procurada pela reportagem do ABCD JORNAL, a Prefeitura não respondeu aos questionamentos nem retornou às tentativas de contato.