Reintegração de posse: famílias afirmam que estão desalojadas em Diadema
Várias viaturas da GCM estão no local para fazer a reintegração de posse assim como máquinas para derrubar barracos; Prefeitura ainda não se manifestou
Várias viaturas da GCM estão no local para fazer a reintegração de posse assim como máquinas para derrubar barracos; Prefeitura ainda não se manifestou
Em uma ação ocorrida nesta quarta-feira, dia 27, pela manhã, famílias foram desalojadas de uma área ao lado da Chácara do Caqui, na Vila Paulínia, perto do Sítio Joaninha, em Diadema. Moradores afirmam que a ocupação do terreno já perdurava há algum tempo.
“Estamos aqui há dois meses e esse é o presente de Natal que o prefeito Filippi está dando para os moradores”, afirmou um homem que foi despejado. “Não vão levar a gente para nenhum lugar e nem falaram de auxílio aluguel”, completou.
A operação, marcada pela presença intensa de guardas municipais e o uso de escavadeiras, foi registrada em vídeo, gerando questionamentos sobre o processo.
Vereadores
O vereador Eduardo Minas foi até o local e cobra “um olhar social” da Prefeitura. “Haverá uma reunião nos próximos dias para tratar do assunto conforme conversei com o secretário de Governo”, afirmou o parlamentar.
O vereador Almir do Gás, de São Bernardo também foi ao local e gravou vídeos junto com Eduardo Minas.
A Prefeitura enviou uma nota oficial ao ABCD Jornal.
Leia a íntegra:
“Assessoria de Imprensa informa que a ação realizada, nesta quarta-feira (27/12), no sítio do Caqui, foi de desfazimento de quatro barracos construídos irregularmente em Área de Proteção Permanente (APP) e Áreas de Proteção e Recuperação dos Mananciais (APRM).
As moradias começaram a ser levantadas há aproximadamente 15 dias. A Prefeitura realizou notificação, em 23/12, para efetuar em 24 horas a desocupação e a demolição, já que a área não permite construção. Em vistoria, constatou-se o não cumprimento da notificação. A ação da Prefeitura foi realizada na manhã de hoje.
Não houve despejo, pois o local não estava sendo habitado. Havia apenas a construção dos barracos.
A ação foi coordenada pela Comissão Especial Intersecretarial de Controle de Ocupação (CEICO).
É importante ressaltar que, em janeiro deste ano, 23 famílias que moravam na área foram indenizadas, em processo para desapropriação, para continuidade das obras de canalização do córrego Olaria.