Quadrilha que sequestrava e abusava de passageiras de aplicativo é presa
Bandidos faziam cadastro em aplicativos de transporte e trabalhavam como motoristas de app para dar golpes em mulheres desacompanhadas
Bandidos faziam cadastro em aplicativos de transporte e trabalhavam como motoristas de app para dar golpes em mulheres desacompanhadas
A Polícia Civil, por meio da 4ª Cerco Norte, prendeu em flagrante três homens, de 26, 27 e 29 anos, por organização criminosa, extorsão, roubo e tentativa de homicídio, na tarde de segunda-feira (13/03), na Vila Curuçá.
Os agentes identificaram que os suspeitos faziam parte de uma quadrilha que utilizava corridas por aplicativo para sequestrar mulheres. Os dois veículos usados pelos criminosos, um HB20 e um VW/Voyage, foram acompanhados pelos policiais na região do bairro do Jardins.
Um dos suspeitos, de 29 anos, estava armado e apontou na direção dos agentes, além de ter tentado atropelar os policiais civis e militares que realizavam o acompanhamento dos veículos.
Uma mulher de 46 anos estava sendo mantida refém no VW/Voyage e foi libertada. Os três criminosos foram conduzidos para a delegacia, onde permaneceram à disposição da Justiça.
O caso foi registrado como organização criminosa, roubo, extorsão mediante restrição de liberdade da vítima e tentativa de homicídio contra agentes de segurança na 4ª Delegacia Seccional da Zona Norte.
As investigações continuam em andamento para a completa elucidação dos fatos.
O esquema
De acordo com a Polícia os bandidos tinham cadastro em aplicativos de transporte. Quando o motorista pegava uma passageira, um outro veículo sempre acompanhava os criminosos que escolhiam as vítimas, geralmente mulheres que estavam desacompanhadas.
Com o início das investigações, a Polícia Civil passou a desconfiar dos motoristas, pois só as passageiras registravam BOs (Boletins de Ocorrência), mas eles não.
Com esses indícios, os policiais civil conseguiram junto às empresas de aplicativo informações para monitorar e prender os bandidos.
Diante desse tipo de crime, a Polícia orienta os passageiros a printar o modelo, marca e a placa do veículo, e encaminhar para algum familiar, parente ou amigo próximo, porque os bandidos apagam o aplicativo ou encerram as contas para impedir consulta posterior ao crime.