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PT e Partido Novo protocolam pedido de impeachment contra Atila

Partido argumenta que prefeito de Mauá, que está preso sob acusação de corrupção, quebrou decoro

  • Marcelo de Oliveira é da oposição e pediu impeachment do prefeito Atila.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 21/12/2018
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Partidos argumentam que prefeito de Mauá, que está preso sob acusação de corrupção, quebrou decoro

 

pedido de impeachment

Marcelo de Oliveira é da oposição e foi o único a votar, em maio, no pedido impeachment do prefeito Atila. Foto: Divulgação

 

O PT e o Partido Novo protocolaram nesta sexta-feira (21/12) pedido de impeachment contra o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), preso em 13 de dezembro pela Polícia Federal, acusado de chefiar uma organização criminosa que arrecadaria dinheiro de empresas contratadas pela Prefeitura para dividir com 21 vereadores e um suplente.

O vereador Marcelo Oliveira (PT) afirmou que o argumento usado para o afastamento é o fato de o prefeito estar preso. “Houve quebra de decoro”, disse o petista. Marcelo e Chico do Judô (Patriota) são os únicos livres da acusação da Polícia Federal.

Os pedidos de impeachment têm de ser votados na primeira sessão após protocolo do documento. A Câmara levantou o recesso para votar a licença do prefeito na quarta-feira que vem (26/12), mas há uma dúvida jurídica se essas solicitações podem ser votadas nesta data, tendo em vita que a pauta é específica. Caso não seja incluído na pauta, o documento será apreciado em plenário na primeira sessão de fevereiro.

Esse é osegundo pedido de impeachment feito pelo PT neste ano. Em maio, quando Atila foi preso pela primeira vez durante a Operação Prato Feito, dois pedidos de impeachment foram protocolados, sendo um de autoria do Partido do Trabalhadores e outro da Rede Sustentabilidade. Os dois foram rejeitados por 21 votos a um (Marcelo Oliveira). Essas duas votações foram usadas como justificativa da segunda Operação da PF deflagrada em 13 de dezembro e batizada de Trato Feito, um desdobramento da Operação Prato Feito.

Os nomes de 21 vereadores e um suplente estavam anotado em uma agenda do ex-secretário de Governo João Gaspar (PCdoB) para receber pagamentos de propina. Gaspar também está preso. De acordo com a PF, os parlamentares também teriam recebido dinheiro para rejeitar o impeachment. Todos negam. Atila também nega as denúncias e os advogados tentar reverter a prisão no STF (Supremo Tribunal Federal).