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Plataforma de empregos para imigrantes africanos é apresentada em Diadema

Participaram do encontro representantes do Programa Emprega Diadema (Secretaria Desenvolvimento Econômico e Trabalho) e do Conselho Municipal da Igualdade Racial

  • Plataforma de empregos para imigrantes africanos negros é apresentada em Diadema.
    Foto: Divulgação
  • Por: Redação
  • Publicado em: 25/01/2024
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Participaram do encontro representantes do Programa Emprega Diadema (Secretaria Desenvolvimento Econômico e Trabalho) e do Conselho Municipal da Igualdade Racial

Programa Vem Bumbar

Plataforma de empregos para imigrantes africanos negros é apresentada em Diadema. Foto: Divulgação

A Prefeitura de Diadema, por meio da Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CREPPIR), recebeu na segunda-feira, 22/1, a visita do angolano Frederico Eurico, criador da Agência de Empregos “Vem Bumbar”. A nova organização é a primeira plataforma de empregabilidade para imigrantes africanos negros do país.

Além da coordenadora da CREPPIR, Márcia Regina Damaceno, participaram do encontro representantes do Programa Emprega Diadema (Secretaria Desenvolvimento Econômico e Trabalho) e do Conselho Municipal da Igualdade Racial.

“A direção da ‘Vem Bumbar’ procurou a Prefeitura no final ano passado, interessada em apresentar sua experiência e seus serviços. Por isso, marcamos esse primeiro encontro logo para janeiro com a finalidade de conhecer um pouco mais o trabalho da plataforma e pensar como podemos fazer parcerias em prol dos imigrantes negros”, explica Márcia Damaceno.

Durante a reunião, Frederico apresentou a “Vem Bumbar”, respondeu perguntas e esclareceu dúvidas dos participantes. Ele também explicou que o nome da agência, se traduzido para o idioma brasileiro, seria ‘Vem Trabalhar’ ou ‘Vem Trampar’.

Segundo a Plataforma, no Brasil há cerca de 42 mil imigrantes de todos os países do continente africano. A maioria vem de Angola, Senegal e Nigéria.

“Foi bastante traumática e difícil a minha experiência ao chegar no Brasil para trabalhar, pois não havia nenhum apoio ou orientação nesse sentido. Essa situação me fez sofrer muito, por isso queremos que os imigrantes negros africanos não precisem passar pelas mesmas dificuldades que eu tive. Nesse sentido, eu me juntei com um grupo de amigos para criar a ‘Vem Bumbar’”, contou Frederico Eurico.

“Enfim, a nossa agência é uma organização de sociedade civil que tem como propósito conectar imigrantes africanos negros com empresas que valorizam o letramento racial, por meio de recrutamento, seleção e treinamento. Nossos cases são baseados em quatro pilares: equidade racial, equidade de gênero, diversidade e inclusão”, resumiu Frederico.

Emprega Diadema

As representantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho aproveitaram a oportunidade e explicaram ao fundador da “Vem Bumbar” como funciona a plataforma digital de empregos da Prefeitura: Emprega Diadema.

“Um dos objetivos do nosso programa de empregos é exatamente conectar os empregadores com quem busca oportunidades de trabalho”, explicaram Kelly Silva e Lu Novais, dirigentes do Emprega Diadema.

Visando apresentar melhor e na prática como funciona o “Emprega Diadema”, a coordenação do programa convidou Frederico Eurico para visitar e conhecer o Processo Seletivo que acontece todas as quintas-feiras. O plano seria estudar como incluir condições para que a partir desses primeiros contatos, a “Vem Bumbar” possa também encaminhar seus candidatos para futuros processos seletivos.

Cultura e Educação

Segundo Márcia Damaceno, da CREPPIR, a troca de experiências entre a “Vem Bumbar” e dirigentes de Diadema está apenas no começo. “Vamos convidar Frederico Eurico e sua equipe para retornar à nossa cidade para dialogar também com representantes da Educação e Cultura”, disse a coordenadora.

O convite tem como base o Plano Municipal Decenal da Igualdade Racial. “Nosso Plano tem um eixo voltado à troca de experiência internacional, por meio de parcerias e intercâmbios com países africanos de língua portuguesa. Além disso, podemos pensar futuramente em atividades de formação e apresentação cultural com artistas de Angola”, finalizou Márcia Damaceno.