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PF deflagra Operação Checkout e cumpre mandados em Mauá e Santo André

Trata-se da 3ª fase da Operação Descarte; Polícia Federal e Receita Federal visam desarticular grupo criminoso que realizava cancelamento indevidos de tributos

  • Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão.
    Foto: Divulgação/PF
  • Por: Redação
  • Publicado em: 12/03/2019
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 Trata-se da 3ª fase da Operação Descarte; Polícia Federal e Receita Federal visam desarticular grupo criminoso que realizava cancelamento indevidos de tributos

 

Operação Checkout

Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão. Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (12) a Operação Checkout, em ação conjunta com a Receita Federal do Brasil e o Ministério Público Federal, para desarticular um grupo criminoso que realizava cancelamentos indevidos de autuações de tributos federais, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

São 100 policiais federais e 30 auditores fiscais cumprem 1 mandado de prisão temporária e 23 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. Os municípios no Estado de São Paulo onde estão sendo cumpridos os mandatos são Santo André, Mauá, São Paulo, Jundiaí e Praia Grande. Nos outros Estados, são em Jaraquá do Sul (SC), Belo Horizonte (MG), Rio de janeiro (RJ) e Curitiba (PR). Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

Esta fase da investigação se iniciou após a análise do material apreendido na primeira fase da Operação Descarte, realizada em 1º de março de 2018. As evidências obtidas em conjunto com a realização de novas diligências permitiram a confirmação da identidade de um empresário responsável pela administração de uma conta bancária em nome de uma empresa fantasma ligada ao esquema.

O inquérito policial aponta que esta conta teria recebido mais de R$ 39 milhões de uma empresa do ramo de turismo, que teria sido pago para viabilizar o cancelamento pelo CARF – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – de uma autuação da Receita Federal no valor de R$ 161 milhões. Há indícios de que uma parte do valor pago teria sido remetida para o exterior de forma fraudulenta e outra parte teria sido dividida entre integrantes do grupo investigado.

O nome da operação remete ao termo utilizado para dar baixa em algum tipo de processo e também é utilizado para designar o término de estada em um estabelecimento hoteleiro, ramo da empresa autuada.

Os investigados responderão, na medida das suas participações, pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa.