Operação deflagrada contra o ‘golpe da maquinha’ faz apreensões no ABCD e SP
Colaboradores que atuam como motoboys teriam se estruturado, de forma permanente, juntamente com terceiros, para praticarem estelionato contra clientes que adquirem refeições pelo aplicativo iFood
Colaboradores que atuam como motoboys teriam se estruturado, de forma permanente, juntamente com terceiros, para praticarem estelionato contra clientes que adquirem refeições pelo aplicativo iFood
Uma operação batizada como Expensive Food cumpriu nesta terça-feira (05/09) 28 mandados de busca e apreensão em cidades do ABCD e na Capital paulista e apreendeu sete maquininhas, seis cartões bancários, um veículo HRV Honda, uma motocicleta, além de R$ 19.730 em espécie, três relógios, uma corrente de ouro e quatro aparelhos celulares.
De acordo com a Polícia, essa operação possui como fundamento uma investigação relacionada a crime de estelionato.
Trata-se de uma organização criminosa voltada à prática de estelionatos, na modalidade conhecida como “golpe da maquininha”, a ocultação de valores oriundos da prática daquele crime e a reinserção daqueles no sistema financeiro, cujas diligências contaram com o recebimento de dados da empresa “iFood Agência de Restaurantes Online S/A”.
A dinâmica criminosa consiste no seguinte: colaboradores que atuam como motoboys teriam se estruturado, de forma permanente, juntamente com terceiros para a prática reiterada de estelionatos. O cliente da empresa iFood realiza um pedido pela respectiva plataforma, sendo que aquele é entregue por um motoboy.
Segundo a Polícia, o pagamento é realizado no ato da conclusão do pedido, mediante cartão de crédito previamente cadastrado pelo cliente. O motoboy emprega engenharia social e providencia contato com o cliente, dizendo que outro motoboy realizará a entrega, de modo que o pagamento anteriormente realizado seria cancelado.
Quando da chegada do segundo motoboy, o cliente realiza novo pagamento com emprego de cartão bancário, cuja transação, de fato, é, após ser mantido em erro, revertida em prol dos estelionatários com valores muito maiores da compra realizada pelo aplicativo.
Foram identificados os supostos participantes a partir da apreensão do aparelho celular de um homem identificado como Jefferson Vasconcellos de Oliveira. De acordo com os investigadores, diversas contas que demonstraram ter vínculo com esse suspeito e com o crime investigado que envolve outras nove pessoas, que não foram presas porque a Justiça indeferiu tal pedido feito pela Polícia.
Veja vídeos da operação:
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