Número de abstenções batem recorde no ABCD e se tornam um desafio para política

Nos últimos 12 anos o número de abstenções cresceu 68,2% nas eleições municipais e mais de 625 mil eleitores deixaram de ir votar em 2024

Número de abstenções batem recorde no ABCS e se tornam um desafio para política . Foto: Divulgação/TSE

O número de abstenções na eleição municipal de 2024 foi o maior dos últimos 12 anos com cerca de 625 mil eleitores (29,2% do eleitorado) optando por não irem votar, algo que vêm se repetindo ao menos nas últimas quatro eleições municipais do ABC. Entre 2012 e 2024 o número de eleitores que deixaram de ir votar cresceu percentualmente 68,2%, passando de 17,3% para 29,1%, mostrando assim uma dificuldade cada vez maior de conexão entre população e a política regional.

Pela primeira vez na região se teve duas cidades passando da linha dos 30% de abstenções, sendo elas Mauá e São Bernardo do Campo com 30,5% e 32,3% respectivamente, sendo essas duas cidades justamente as que apresentaram maior crescimento percentual de abstenções entre todas as outras do ABC nos últimos 12 anos. Em Diadema o crescimento se deu de forma mais acelerada nas últimas duas eleições nas quais permaneceu na linha dos 29%, já Santo André que havia conseguido uma boa participação do seu eleitorado na última eleição viu as abstenções cresceram novamente. Por outro lado, Ribeirão Pires e São Caetano do Sul apresentaram uma leve queda nas abstenções em comparação com a eleição de 2020 com direito a Rio Grande da Serra alcançando o seu menor número dos últimos 8 anos, indo assim na contramão das demais cidades.

Ainda que não se saiba ao certo o motivo por trás desse movimento, seja ele o desinteresse ou a descrença pela política e políticos, é evidente que as abstenções serão um grande desafio no futuro da política no ABC, em medida que os próximos candidatos terão que não apenas conquistar o voto dos eleitores mas também convencê-los irem votar, uma tarefa que têm se mostrado difícil nos últimos anos.

Número de abstenções batem recorde no ABC e se tornam um desafio para política na região. Foto: Divulgação