Movimento coleta 4,6 mil assinaturas contra taxa do lixo
Moradores ficaram neste fim de semana no Centro da cidade e na feira livre do bairro Itapark
Moradores ficaram neste fim de semana no Centro da cidade e na feira livre do bairro Itapark
O movimento “Mauá: quem ama não abandona” coletou neste fim de semana 4,6 mil assinaturas contra a nova taxa de coleta, remoção e destinação final de resíduos sólidos. A cobrança teve início no mês passado. No sábado (26/05), a coleta de assinaturas foi na Praça 22 de Novembro, no Centro da cidade, e neste domingo (27/05), na feira livre do bairro Itapark.
“Ficamos surpresos com a receptividade das pessoas, pois não tínhamos de abordar ninguém. Como estávamos de colete e caixas de som com microfone, os moradores vinhem até o nosso grupo para assinar o abaixo- assinado”, afirmou Christian Seixas, um dos coordenadores do Grupo.
A intenção é atingir 20 mil assinaturas e entregar na Câmara e na Prefeitura solicitando a revogação da taxa, criada em dezembro pelo prefeito licenciado, Atila Jacomussi (PSB).
Para criar a taxa, o Executivo alegou uma dívida de R$ 14 milhões com a Lara Central de Tratamento de Resíduos Ltda, prestadora dos serviços na área do lixo.
A nova taxa vai render aos cofres públicos R$ 1,8 milhão por mês. Mauá tem uma despesa mensal de R$ 2,6 milhões com serviços prestados pela Lara. A Prefeitura também arca com a repactuação feita pelo ex-prefeito Donisete Braga (ex- PT hoje no Pros) de uma dívida de R$ 43,1 milhões com essa mesma empresa, o que aumenta os gastos por mês para R$ 3,3 milhões.
A Prefeitura de Mauá alega que a cobrança está de acordo com a legislação federal e que o dinheiro arrecadado é para custear o serviço. “Desde que assumiu, a administração trabalha para sanar o débito e evitar a paralisação do serviço”, informou nota da Administração.