Irmãos afirmam à Justiça que Saul Klein manchou o nome da família
Herdeiro das Casas Bahia e candidato a prefeito em São Caetano nas últimas eleições é investigado pelo MP após escândalo sexual
Herdeiro das Casas Bahia e candidato a prefeito em São Caetano nas últimas eleições é investigado pelo MP após escândalo sexual
Mais um desdobramento do caso de Saul Klein veio à tona nesta semana. O filho do fundador das Casas Bahia e candidato a vice-prefeito nas últimas eleições na chapa de Fabio Palácio (PSD) foi criticado pelos próprios irmãos Michael Klein e Eva Klein. Ambos afirmaram à Justiça que Saul “manchou” o nome da família após mulheres o acusarem de aliciamento e estupros durante festas que duravam dias na casa e no sítio do empresário em Alphaville e Boituva, respectivamente. A informação sobre a crise familiar foi revelada em reportagem do UOL, do grupo Folha de São Paulo.
O três são filhos de Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, que morreu em novembro de 2014. Michael chega a dizer que o irmão é “perdulário” e “inconsequente” e lembra que ele sofreu uma ação de interdição movida pelo próprio o filho (o processo foi extinto).
De acordo com o Portal, os dois irmãos fizeram as criticas em ação na qual Saul tenta tirar Michael da função de inventariante da fortuna deixada pelo pai. Segundo o UOL, Saul diz que o irmão mais velho tem administrado os bens sem dar satisfação aos demais herdeiros e que suspeita de uma suposta confusão patrimonial entre as contas pessoais de Michael e as do espólio.
Ainda segundo o veículo de comunicação, na petição protocolada na 4ª Vara Cível de São Caetano, Michael afirma que Saul não demonstrou qualquer irregularidade e que estaria tentando tumultuar o processo com o objetivo final de “obter vantagens indevidas”.
Ainda é citado no processo que em 11 anos, Saul teria reduzido seu patrimônio em R$ 1,4 bilhão e que, segundo afirmação do irmão Michael, o Saul leva uma vida “nababesca” e “extravagante” e que ele “envergonha” a família ao ser acusado de aliciamento de mulheres e de abuso sexual. O Ministério Público investiga a denúncia feita por 32 mulheres, sendo a primeira ação movida em novembro de 2020 por 14 supostas vítimas e depois mais 18 garotas em acusação feita neste ano.
Segundo o Portal, a irmã Eva Klein, afirma que Saul leva uma “vida irresponsável” do ponto de vista financeiro e moral. “Ao invés de manter o legado de seu pai, como faz Michael, Saul mancha o nome da família, com suas condutas reprováveis e escandalosas”, declarou no processo segundo revelou o UOL “Gasta milhões de reais para manter seu estilo de vida depravado”. completou.
Os advogados de Saul Klein têm negado à imprensa o aliciamento e supostos estupros e afirma que o cliente é um “sugar daddy”, termo usado para homens mais velhos que têm o fetiche de bancar financeiramente mulheres jovens em troca de carinho ou relação sexual. A defesa ainda afirma que as acusações na Justiça seriam falsas e que Saul é vítima de um grupo organizado que se uniu com o objetivo de enriquecer ilicitamente.