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Hospital de campanha de Mauá será desativado no domingo

Comunicado oficial  da Prefeitura foi feito nesta quarta-feira; a partir de segunda feira serviço será descentralizado

  • Hospital de campanha de Mauá será desativado no domingo.
    Foto: Divulgação/PMA
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 05/08/2020
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Comunicado oficial  da Prefeitura foi feito nesta quarta-feira; a partir de segunda feira serviço será descentralizado

 

Hospital de campanha de Mauá será desativado no domingo. Foto: Divulgação/PMA

 

O governo do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi, decidiu desativar o Hospital Municipal de Campanha (Cecco) contra o coronavírus. O comunicado oficial ocorreu nesta quinta-feira (05/08). A partir de segunda-feira o serviço será descentralizado.

O espaço foi inaugurado em 28 de abril e desde lá tem sido envolvido em muita polêmica e investigações do Ministério Público.

A estrutura foi inaugurada com 30 leitos e o hospital conta com 40 aparelhos de ar-condicionado e uma farmácia. São 40 profissionais que atuam no espaço. O Cecco conta com laboratório próprio, onde é possível a realização de testes de Covid-19, com resultados disponíveis no próprio local.

 Investigações

Em 15 de junho, o  Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em conjunto com a Polícia Civil deflagraram uma operação que apura supostas irregularidades na contratação de empresa para a construção e gerenciamento do hospital de campanha de Mauá. O equipamento de saúde atende pacientes com Covid-19 e é administrado por uma OS (Organização Social).

A contratação emergencial da OS Atlantic Transparência e Apoio à Saúde Pública para a gestão e operação do hospital de campanha construído é o principal alvo das investigações. O valor do contrato por três meses foi de  R$ 3,3 milhões e os promotores apuram se houve superfaturamento.

O Gaeco investiga se a OS Atlantic e a OS Ocean Serviços Médicos Ltda são a mesma empresa, pois funcionam no mesmo endereço. A Ocean também é alvo de investigação na cidade Jandira, onde também foi construído um hospital de campanha.

Justificativa da Prefeitura

A prefeitura alegou que com 1,8 mil pacientes recuperados da Covid-19 começará a descentralizar os atendimentos a partir de segunda-feira (10/08), orientando os pacientes a procurarem uma das quatro UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). Segundo o governo, a cidade já registra tendência de queda nos casos confirmados e óbitos em decorrência da patologia.

“A medida serve para dar início à descentralização do Hospital Municipal de Campanha, denominado Cecco (Centro Especializado de Combate ao Coronavírus), de portas abertas desde o fim de abril no estacionamento do Paço Municipal. De acordo com a administração municipal, a estrutura cumpriu de maneira importante seu papel, em atender emergencialmente suspeitas e casos de coronavírus”, afirmou.

Para o prefeito Atila Jacomussi, Mauá é referência no combate à Covid-19 e, dessa forma, é possível enxergar a vitória no enfrentamento à pandemia. “Salvamos somente na nossa rede municipal 1,8 mil vidas, por meio do nosso Hospital de Campanha, do (Hospital de Clínicas Doutor Radamés) Nardini e de toda a nossa rede das UPAs e UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Vamos continuar nesse enfrentamento até que a vida da população volte ao normal”, disse.

De acordo com o chefe do Executivo, a cidade tem o seu papel reconhecido por instituições no combate ao surto viral. “Como o próprio instituto Volvo pontuou, ficamos em 4° lugar na Grande São Paulo como melhor cidade em ações de combate à pandemia. E pelo o Instituto Votorantim, somos o sexto município com menor vulnerabilidade de coronavírus entre 39 cidades da Região Metropolitana, sendo o terceiro do Grande ABC”, pontuou.

Referente ao último levantamento, a prefeitura informou que o Instituto Votorantim estabeleceu índice que varia de 0 a 100 e quanto mais alto o valor, maior é exposição e risco da população ao coronavírus.  Segundo o estudo, Mauá registrou o índice de 42,31, ficando apenas atrás de São Bernardo do Campo (30,06), São Caetano do Sul (38,61), Cajamar (39,18), São Paulo (41,17) e Santana de Parnaíba (41,51). No Grande ABC, a cidade registra dados melhores que Santo André (43,44), Ribeirão Pires (44,20), Rio Grande da Serra (44,54) e Diadema (46,41).

A análise leva em consideração as condições de tratamento aos pacientes, número de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), disponibilização de respiradores, quadro financeiro, organização da rede pública de Saúde, entre outros fatores. Mauá conta com 30 leitos do Cecco (Centro Especializado de Combate ao Coronavírus), 49 do Hospital de Clínicas Nardini, e leitos entre retaguarda e UTIs em UPAs e UBSs.

Mauá também foi a primeira cidade paulista a anunciar a suspensão de aulas presenciais em 2020, com intuito de preservar os alunos, as famílias e os profissionais de Educação, enquanto mantém até dezembro o programa Cartão Merenda em Casa, que disponibiliza R$ 60 mensais por aluno matriculado na rede municipal de ensino. A cidade conta com 45 escolas de Educação Infantil, sendo 42 municipais e três conveniadas, com crianças de 0 a 5 anos.

A cidade também foi a pioneira na instalação de três lavatórios públicos localizados na região central, modelo seguido pela Capital. O governo também distribuiu 450 mil máscaras de pano, que podem ser reutilizáveis após lavagem, além de instalar em diversos pontos as barreiras sanitárias do Stop Corona, para medição de temperatura e saturação de oxigênio, além de distribuição de álcool em gel e informativos sobre a Covid-19, como também o Feira Segura, que estabelece normas de proteção a consumidores e feirantes.

Nota oficial