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Grupos de Alaíde Damo e Atila dão sinais de racha

Mesmo fora da cadeia desde sexta-feira, vice não foi visitar prefeito afastado do cargo

  • Alaíde Damo pede para assumir como prefeita no lugar de Atila Jacomussi.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 19/06/2018
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 Mesmo fora da cadeia desde sexta-feira, vice não foi visitar prefeito afastado do cargo

Alaíde Damos e Atila Jacomussi dão sinais de distanciamento. Foto: Divulgação

O prefeito afastado de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), e a prefeita em exercício, Alaíde Damo (MDB), dão sinais que estão rachados. Desde a última sexta-feira (15/06), Atila saiu da cadeia e sua vice ainda não foi visitá-lo e sequer fez uma ligação telefônica, conforme relatos do próprio presidente da Câmara, Admir Jacomussi (PRP), pai do socialista. Atila foi afastado do cargo porque é acusado de lavagem de dinheiro.

Apesar do fato, o chefe do Legislativo tentou minimizar a situação. “Cada um é de um jeito. Faz pouco tempo que o Atila saiu”, disse Jacomussi.

Na Câmara, o líder de governo, Fernando Rubinelli, pediu desligamento da função nesta terça-feira (19/06). O presidente da Câmara disse que deve ter sido “por fidelidade” a Atila, mas nega que seja algum problema com o atual governo. “Nada contrário à atual prefeita”, argumento.

Fernando também negou. “Estou convicto de que desempenhei um ótimo papel como líder de governo. Cumpri meus deveres com muito amor, de peito aberto e com muita fé, e sempre com muito respeito por todos. Agora, passando por um novo momento, é certo que a senhora prefeita interina, Dona Alaíde Damo, seja livre para fazer sua escolhas. Vamos colaborar com o governo interino, mas quero me dedicar integralmente a meu mandato”, afirmou.

Se na Câmara há sinais de racha, na Prefeitura também. Durante os 37 dias que Atila ficou na cadeia, Alaíde demitiu secretários e aliados do prefeito no segundo e terceiro escalão.

O secretário de Governo, Antonio Carlos de Lima, negou que tenha racha entre Alaíde e Atila.

Recurso
O prefeito afastado Atila entrou com recurso no TRF-3 (Tribunal Regional Federal da Região 3) pedindo reconsideração da liminar que o afastou do cargo na última sexta-feira, após deixar a carceragem da Penitenciária do Tremembé em São Paulo. Atila ficou 37 dias preso porque a Polícia Federal encontrou R$ 87 mil no armário da cozinha de sua residência. A quantia estava em duas caixas. Na casa de seu ex-secretário de Governo João Eduardo Gaspar também foram encontrados R$ 588,4 mil e 2,9 mil euros.