Com 1.120 pacientes na espera por laqueadura, Diadema retoma cirurgias
Cirurgias não eram feitas desde agosto de 2016 e voltarão ao calendário a partir de 23 de maio no Hospital Municipal
Cirurgias não eram feitas desde agosto de 2016 e voltarão ao calendário a partir de 23 de maio no Hospital Municipal
Com a queda nos indicadores da Covid-19, como redução no número de casos e internações, a Prefeitura de Diadema, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, dá mais um passo para avançar nas ações de cuidado aos munícipes: a partir do dia 23 de maio, o Hospital Municipal de Diadema (HMD) passa a ofertar a realização de cirurgias de laqueadura, um procedimento de esterilização requisitado pelas mulheres que não desejam mais engravidar. Inicialmente serão duas cirurgias por dia desse tipo e os primeiros agendamentos já estão sendo feitos.
Atualmente, Diadema tem 1.120 pacientes aguardando por laqueadura. Desse total, 968 são do período de 2016 a fim de 2020. As outras 152 entraram na fila na atual gestão. As cirurgias de laqueaduras não eram feitas desde agosto de 2016.
Segundo a secretária municipal da Saúde, Dra Rejane Calixto, a retomada é fruto de planejamento e dá resposta a uma demanda que ficou parada durantes os últimos anos.
“Encontramos uma fila de laqueadura parada havia mais de cinco anos. Diante de todos os desafios que encontramos, temos trabalhado no sentido de reestruturar toda a rede municipal de Saúde com o objetivo de ofertar um atendimento humanizado, qualificado e garantir o cuidado integral do paciente. Entre as ações, temos investido na reestruturação do Quarteirão da Saúde e na recomposição das equipes para ampliar o acesso à Atenção Especializada e reduzir as filas de espera por cirurgias”, destacou Rejane.
No dia 11 de março, o município já havia retomado as cirurgias oftalmológicas realizadas no Centro Cirúrgico do Quarteirão da Saúde.
No momento, são realizadas cirurgias de catarata, pterígio, plástica oftalmológica, pequenas cirurgias e aplicações de avastin. Até o momento já foram 148 cirurgias e a meta é ampliar o número em breve, com a retomada de outros procedimentos, tais como correções de estrabismo.
Tanto a cirurgia de laqueadura como oftalmológica são consideradas pelo Ministério da Saúde como eletivas, ou seja, não são classificadas como cirurgias de emergência, já que não colocam a vida do paciente em risco. Durante a pandemia, esse tipo de intervenção cirúrgica foi suspenso, entre outros motivos, para proteção do paciente, que poderia correr o risco de ficar exposto à doença em ambiente hospitalar durante a internação pós-operatória. A retomada da oferta desse procedimento no momento é segura e segue todos os padrões de segurança.
Cirurgias
Antes da pandemia, Diadema tinha 903 pacientes aguardando por cirurgias. Hoje são 2.267 pacientes, sendo que destes, 49,4% aguardam pela laqueadura.
O número poderia ser ainda maior se não fosse o esforço da equipe da Saúde, que mesmo com todos os desafios impostos pelo aumento da demanda de saúde nas unidades e pelo sucateamento de estruturas físicas e de equipamentos herdados da gestão anterior, conseguiu ainda assim ampliar a realização das cirurgias na rede municipal.
Em 2020, Diadema realizou 410 cirurgias, sendo 228 gerais e 182 oftalmológicas. Já em 2021, primeiro ano da atual gestão, a oferta ampliou em 99,7%%, saltando para 819 cirurgias realizadas, sendo 132 gerais e 687 cirurgias oftalmológicas, mesmo com cinco meses do Centro Cirúrgico do Quarteirão da Saúde fechado para possibilitar a internação dos pacientes acometidos com a Covid-19.
Em 2022, com o aumento das demandas de síndromes gripais em janeiro e fevereiro, por conta da chegada da variante ômicron no país, novamente houve a necessidade de internar pacientes no local. Com a redução dos casos em março, o centro voltou a realizar as cirurgias e já são 148 cirurgias oftalmológicas realizadas em apenas dois meses.
Mas o trabalho não para aí. Entre as ações prioritárias, o município vem trabalhando também na requalificação da demanda cirúrgica, investindo na ampliação do número de cirurgiões e anestesistas disponíveis e na melhoria da infraestrutura das salas cirúrgicas e dos equipamentos.