
Joyce Neri Ferreira, de 25 anos, foi brutalmente morta a tiros na noite de terça-feira (17/09), no bairro de Diadema. O autor é seu companheiro, Lucas Bastos de Jesus, de 26 anos, que se entregou à polícia horas depois de cometer o crime.
A motivação, segundo o próprio autor, seriam ciúmes e a suposta confissão de traição por parte da vítima. A ocorrência teve início após policiais militares serem acionados por volta das 21h42 para atender a um chamado de disparo de arma de fogo. Ao chegarem ao local, uma residência, foram recebidos pela prima da vítima, que relatou o ocorrido. Ela contou que Joyce foi morta pelo seu companheiro e que o casal tinha um filho de 4 anos. A criança esta na residência do casal quando tudo aconteceu.
A prima de Joyce, que havia recebido a criança das mãos do próprio suspeito momentos antes, relatou que Lucas chegou em sua casa em estado de choque, entregou o filho e disse: “Desculpa, fiz besteira e matei a Joyce”. No mesmo momento, ele teria dito à mãe da vítima, que também estava na residência, que “ela me traiu três vezes”.
Em seguida, a prima de Joyce foi até a casa do casal, arrombou a porta e encontrou a vítima caída no chão do quarto, com marcas de sangue. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, mas Joyce já estava sem vida. Pouco tempo depois, Lucas Bastos de Jesus se apresentou na delegacia de Diadema e confessou tudo. Em seu depoimento, ele afirmou que ligou para Joyce e que, durante a conversa, ela teria confessado uma traição. Segundo ele, quando a companheira chegou em casa, os dois iniciaram uma discussão acalorada. Tomado por uma “raiva extrema”, Lucas pegou um revólver calibre .38 que mantinha escondido e disparou duas vezes contra Joyce. O suspeito ainda declarou que, após os disparos, tentou se tirara própria vida, mas a arma falhou. Ele fugiu, entregou o filho à prima da vítima e, no caminho para a delegacia, jogou a arma em um matagal. Lucas foi preso em flagrante e formalmente indiciado por feminicídio.
A pena máxima para este tipo de crime impede a concessão de fiança em solo policial. O caso segue sob investigação.
