Ato contra Bolsonaro na Avenida Paulista reúne 8 mil pessoas
Estimativa da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo; houve manifestações também em outras capitais
Estimativa da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo; houve manifestações também em outras capitais
O ato contra o presidente Jair Bolsonaro realizado neste sábado (02/10), na Avenida Paulista, reuniu cerca de 8 mil pessoas. A estimativa da Secretaria da Segurança Pública do Estado foi realizada a partir do uso de imagens aéreas, análise de mapas e georreferenciamento, determinando a extensão do movimento ao longo da avenida, bem como nas áreas adjacentes. Nos atos anteriores, A Secretaria estimou 6 mil em manifestação contra Bolsonaro e 124 mil a favor do presidente, em 7 de setembro.
A SSP organizou um esquema especial policiamento que custou aproximadamente R$ 400 mil aos cofres públicos e envolveu cerca de mil policiais.
O efetivo contou com o apoio de apoio de 150 viaturas, incluindo Bases Comunitárias Móveis, veículos blindados (Guardiões) e veículos lançadores de Água (VLA), 10 cães, 60 cavalos e cinco drones. Participaram da operação também equipes dos Comandos de Policiamento da Capital (CPC), de Trânsito (CPTran), de Choque (CPChq), do Corpo de Bombeiros (CCB) e de Aviação (CavPM), com dois helicópteros Águia. Mediadores da PM – especializados no gerenciamento de crises, também participaram das atividades.
O patrulhamento foi intensificado em toda a cidade, principalmente nas proximidades das estações do Metrô, terminais de ônibus e demais áreas com grande fluxo de pessoas. Os policiais realizaram abordagens ao público e revistas pessoais e em mochilas ou bolsas foram realizadas em diferentes pontos da capital e não somente em áreas próximas ou locais de acesso ao ato.
As ações foram monitoradas pelo sistema Olho de Águia (helicópteros e drones), por meio de câmeras fixas, móveis, motolink e Sistema Olho Vivo (bodycam). Toda operação foi acompanhada, em tempo real, pela cúpula da Segurança Pública e representantes da Ouvidoria das Polícias e da Defensoria Pública diretamente da sala de Comando e Controle no Centro de Operações da PM (Copom).
Até às 18h foram registradas três ocorrências relacionadas ao ato. Uma pessoa teve um mal súbito na esquina da Avenida Paulista com a Rua Haddock Lobo e foi atendida pelos PMs. Uma mulher estrangeira foi detida na Alameda Casa Branca por furto de celular. O caso foi encaminhado para o 78º DP. Durante revistas pessoais realizadas nas estações do Metrô, policiais do 7º BAEP flagraram um homem com porções de maconha. A ocorrência também foi apresentada no DP dos Jardins.
Em São Paulo, a maior concentração do protesto foi em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Carros de som começaram a ocupar a avenida desde o começo da tarde, junto à concentração de pessoas, com a presença de diversas lideranças de movimentos sociais e indígenas, entidades sindicais, artistas, além de políticos de vários partidos.
Entre as entidades participantes do ato estão Acredito, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, Comissão Arns, UNE, ABI, Coalização Negra por Direitos e Direitos Já, além de centrais sindicais, como a Força Sindical, CSP-Conlutas, UGT (União Geral dos Trabalhadores) e CTB (Central dos Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil) e CUT (Central Única dos Trabalhadores). Alguns dos partidos confimaram presença como PDT, PSB, PC do B, Rede Sustentabilidade, Solidariedade, PT, Cidadania, PV, PSOL, UP, PSTU e PCB.
Os organizadores pediram aos manifestantes que seguissem as medidas de prevenção à covid-19, como o uso de máscara e álcool em gel, além da manutenção do distanciamento social.
No País
As manifestações contra o governo do presidente Jair Bolsonaro ocorreram também em várias capitais e cidades de todo o país. Os protesto são organizados por organizações da sociedade civil; entidades sindicais e de estudantes; e partidos políticos. Pela manhã, foram registradas manifestações na cidade do Rio de Janeiro, de Salvador, Fortaleza, Belém, Boa Vista, Maceió e Goiânia.
Os atos pediram o impeachment do presidente, mais vacinas para a população, mudanças na política econômica do governo, ampliação das políticas de combate à fome, respeito à democracia e aos direitos humanos, mudanças na reforma administrativa, entre outros temas.
No Rio de Janeiro, os manifestantes se concentraram cedo, na Candelária, que teve parte das pistas da Avenida Presidente Vargas interditada, nas proximidades da Igreja da Candelária. Em seguida, com faixas e cartazes as pessoas saíram, em caminhada, pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, onde foi montado um palanque para os discursos.
O ato seguiu até a tarde. Segundo o Centro de Operações Rio, por volta das 15h, ruas do centro foram liberadas para os veículos após o término da manifestação que foi pacífica e, segundo a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, não houve registro de ocorrências.
Em Salvador, a concentração dos manifestantes ocorreu na Praça Campo Grande. Depois, eles saíram em caminhada, passando por ruas do centro histórico da capital baiana, até a Praça Castro Alves, onde foi realizado um evento cultural e discursos de líderes de várias entidades e partidos políticos.
A Praça da Bandeira, em Fortaleza, foi o local escolhido pelos organizadores para o protesto contra o governo na capital cearense. Os manifestantes portavam cartazes e faixas. A Polícia Militar acompanhou toda a movimentação das pessoas que participavam da passeata.
Pela manhã foram também registradas manifestações Goiânia, Belém, Boa Vista e Maceió e em dezenas de cidades de vários estados. A maior dos protestos está programada para a parte da tarde. O principal deles ocorrerá na cidade de São Paulo. A manifestação está prevista para as 14h, na Avenida Paulista no trecho próximo Museu de Arte de São Paulo. Já em Brasília o ato está programado para começar às 15h30. Vias públicas serão interditadas a partir das 13h.
Brasília
Em Brasília, os manifestantes começaram a se concentrar no começo da tarde na área em frente ao Museu da República, na Esplanada dos Ministérios. As pessoas carregam cartazes e faixas.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, os manifestantes deixarão o Museu da República em direção ao Congresso Nacional, por volta das 17h. A previsão é que o ato termine pouco depois das 18h.
Ainda não há previsão de quando o trânsito será normalizado na região.
(Com Agência Brasil)