Alcione faz cirurgia na coluna e deve ter alta nos próximos dias
Procedimento cirúrgico na cantora de samba foi realizado por conta de uma doença chamada espondilolistese
Procedimento cirúrgico na cantora de samba foi realizado por conta de uma doença chamada espondilolistese
A cantora de samba Alcione, de 74 anos, foi submetida a uma cirurgia na coluna neste domingo (17/07), no Hospital Copa D’or. O procedimento cirúrgico foi realizado na coluna vertebral por conta de uma doença chamada espondilolistese (Quando há um deslizamento de um disco da coluna sobre outro, e por conta disso acaba gerando um desalinhamento da coluna).
De acordo com assessoria de imprensa de Alcione, a cantora tinha ainda um diagnóstico de discopatia degenerativa de L5(Sinais de desgaste nos discos intervertebrais que tornam necessário a intervenção cirúrgica)
O procedimento cirúrgico foi feito pelo médico Deusdeth Gomes do Nascimento. Alcione está bem e deverá receber alta hospitalar nos próximos dias.
Conheça mais sobre a Espondilolistese
O que é
A coluna vertebral consiste em nosso pilar de sustentação. A região lombar é responsável por suportar fortes cargas mecânicas. A falha em suportar tais cargas pode levar ao escorregamento de uma vertebra em relação a outra. A essa condição damos o nome de Espondilolistese.
Tipos
Diferentes motivos podem levar uma vertebra à escorregar. Nos adultos, com mais de 50 anos, esse escorregamento acontece pela degeneração do disco e das articulações e acomete principalmente o seguimento entre a quarta e a quinta vertebras lombares.
É chamada de espondilolistese degenerativa. As crianças e os adolescentes também podem apresentar essa condição. Entretanto, esse escorregamento acontece por uma falha semelhante a uma fratura em uma determinada região da vértebra.
É chamada de espondilolistese ístmica e é mais frequente entre a última vértebra lombar e o sacro.
Existem ainda outros tipos menos frequentes: congênita, devido a defeitos presentes ao nascimento; traumática, devido a fraturas e metabólica em decorrência de doenças ósseas que tornam a coluna mais frágil.
Incidência
A espondilolistese degenerativa é 4 vezes mais comum nas mulheres em relação aos homens com uma incidência em torno de 8% e 2% respectivamente. A espondilolistese ístmica acomete cerca de 4% das crianças sendo mais comum nos meninos. Jovens esportistas submetidos a muito impacto como os ginastas tem uma incidência aumentada que pode chegar a 40%
Sintomas
Os principais sintomas são: dor lombar que piora a movimentação e dores nas pernas caso exista alguma compressão das raízes nervosas. Muitas vezes é a dor nas pernas que leva o paciente a procurar um médico e consequentemente a encontrar esta condição. Entretanto, é uma doença frequentemente assintomática tanto em crianças quanto em adultos.
Diagnóstico
A confirmação do diagnóstico é feita com radiografias da coluna que podem demonstra um escorregamento. A ressonância magnética é importante para os pacientes que apresentam irradiação das dores para os membros inferiores uma vez que permite a visualização direta das raízes e eventuais compressões.
Prevenção
Atividade física que fortaleça a musculatura do tronco, peso corporal adequado e restrição de atividades de alto impacto ajudam na prevenção. No entanto, as características genéticas também estão envolvidas e para isso não há o que se possa fazer.
Tratamento
A espondilolistese é uma condição que pode ser assintomática e passar desapercebida por toda a vida. Quando sintomática, os analgésicos e antiiflamatórios podem ser usados para os momentos de mais dor e tem a finalidade de reduzir os sintomas.
A fisioterapia, correções posturais e os exercícios de fortalecimento do tronco são importantes no tratamento e prevenção das dores. A restrição de determinados esportes e até mesmo um colete podem ser úteis para as crianças nas fases inicias da doença.
O tratamento cirúrgico é indicado quando existe falha do tratamento conservador. Geralmente ocorre na presença de compressão das raízes nervosas. A cirurgia consiste no reposicionamento da vertebra escorregada e descompressão das raízes produzindo excelentes resultados.
* Informações sobre a doença foram retiradas do site do hospital Albert Einstein (dr. Guilherme Meyer, ortopedista)