ABCD inicia campanha de vacinação contra sarampo com foco em criança
Público-alvo são meninos e meninas com idade entre 6 meses e 5 anos
Público-alvo são meninos e meninas com idade entre 6 meses e 5 anos
Os postos de saúde da Região do ABCD iniciaram nesta segunda-feira (07/10), em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde e o Ministério da Saúde, a campanha de vacinação contra o sarampo para alcançar crianças ainda não imunizadas contra a doença.
A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Até o dia 25 de outubro, as doses estarão disponíveis em todas as unidades de saúde da região para crianças a partir de seis meses e com menos de cinco anos. No sábado (19/10), haverá o “Dia D”, quando os postos de saúde estarão abertos para facilitar o acesso dos pais e responsáveis.
O público-alvo da campanha deve ser levado aos postos de saúde, preferencialmente com a carteirinha de vacinação, para que um profissional verifique a necessidade de aplicação da dose.
A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças, ressaltou o secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Edgard Brandão.
“A saúde é o bem mais precioso que temos, por isso é muito importante que os pais levem seus filhos aos postos de saúde da nossa região para serem vacinados. As crianças necessitam ser imunizadas para ficarem protegidas”, afirmou Brandão.
O calendário nacional de vacinação prevê a aplicação da tríplice aos 12 meses e também aos 15 meses para reforço da imunização com a tetraviral, que protege também contra varicela. Neste ano, os bebês com menos de 12 meses também devem receber a chamada “dose zero”, que não é contabilizada no calendário.
“A tríplice viral protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Mantê-la em dia é a melhor forma de prevenção e, por isso, convocamos as mães, pais, familiares e responsáveis para levarem os pequenos aos postos durante esta campanha”, disse a diretora de Imunização da Secretaria Estadual, Helena Sato.
A vacina é contraindicada para bebês com menos de seis meses. A recomendação para os pais e responsáveis por crianças nessa faixa etária é evitar exposição a aglomerações, manter higienização e ventilação adequadas de ambientes, e sobretudo que procurem imediatamente um serviço de saúde diante de qualquer sintoma da doença, como manchas vermelhas pelo corpo, febre, coriza, conjuntivite, manchas brancas na mucosa bucal.
A Secretaria Estadual da Saúde também orientou que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a dose feita sem esse componente.
Outros públicos
A campanha também terá uma segunda fase, neste ano. Será focada em jovens de 20 a 29 anos e acontecerá entre os dias 18 e 30 de novembro, quando acontecerá outro “Dia D”. Esse grupo poderá receber a dose da tríplice ou da dupla viral (sarampo e rubéola), conforme a indicação do profissional de saúde.
Os municípios devem ainda seguir realizando ações de bloqueio diante da notificação de casos da doença.
A vacina é contraindicada também para pessoas imunodeprimidas e gestantes. Pessoas nascidas antes de 1960, na sua maioria, já tiveram a doença na infância e possuem imunidade (proteção) por toda a vida, não necessitando ser vacinadas, conforme diretriz do Ministério da Saúde. As pessoas que tiverem dúvidas quanto à imunização adequada devem procurar um posto, com a carteira vacinal em mãos, para que um profissional de saúde verifique a necessidade de aplicação, que ocorrerá de forma “seletiva”, ou seja, apenas em quem tiver alguma pendência.
O Programa Estadual de Imunização prevê que crianças e adultos, com idade entre um ano a 29 anos, devem ter duas doses da vacina contra o sarampo no calendário. Acima desta faixa, até 59 anos, é preciso ter uma dose. Não há indicação para pessoas com mais de 60 anos, pois esse público potencialmente teve contato com o vírus, no passado.
São consideradas pessoas com condição de risco os portadores de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e imunodeprimidos, que podem ficar mais vulneráveis à infecção e evolução com maior gravidade.
Cenário epidemiológico
O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) estadual realiza monitoramento contínuo da circulação do vírus. Neste ano, até o momento, há 5.411 casos confirmados laboratorialmente no Estado. Na região, o CVE notabilizou até a última sexta-feira (04/10) 171 casos em Santo André, 171 casos em São Bernardo do Campo, 38 em São Caetano do Sul, 28 em Diadema, 107 em Mauá, 54 em Ribeirão Pires e 2 em Rio Grande da Serra. Não houve registro de morte pela doença no Grande ABC até o momento.
Considerando que o vírus já circula em todo o território paulista, conforme prevê no Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, a partir de agora o Estado passa também confirmar casos com base no critério clínico-epidemiológico (ou seja, com base em sintomas e avaliação médica), confirmando outros 169 casos na região, sendo 74 em Santo André, 21 em São Bernardo, 3 em São Caetano, 8 em Diadema, 6 em Mauá e 57 em Ribeirão Pires.