Voltado às crianças, musical A Borboleta Sem Asas estará em Sto.André no sábado

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Texto que já teve até adaptações para a TV ganha montagem com as diretoras Paula Flaibann e Bebel Ribeiro; o mote da peça é a deficiência como eficiência e singularidade

A Borboleta Sem Asas
Voltado às crianças, musical A Borboleta Sem Asas estará em Santo André no sábado. Foto: Divulgação/Caio Gallucci

Babi é uma borboleta que nasceu sem asas. Certo dia, ela decide ir até o lago com as outras borboletas, mas elas a destratam por causa de sua deficiência. Ao decidir ir até o lago pela terra, ela conhece diversos outros insetos que a ajudam em sua trajetória, como a abelha Abel, o caramujo Magnólio e o vagalume Lamparino, entre outros, cada um com sua particularidade. O musical A Borboleta Sem Asas é uma obra de César Cavelagna, com dramaturgia de Marcos Ferraz, músicas de Marcos Okura, Ricardo Brunelli e Vinícius Loyola, direção musical de Vinícius Loyola e direção artística de Paula Flaibann e Bebel Ribeiro. O musical terá única apresentação nesse sábado, dia 13/08, às 16h, no Cine Teatro Carlos Gomes, em Santo André.
Os ingressos já estão disponíveis para venda no sympla.com.

A peça, que ganhou versão atualizada em 2019, foi criada em 1996 a partir de um desejo de César Cavelagna e Marcos Okura de discutir o assunto da deficiência com os pequenos. O sucesso da abordagem foi tamanho que A Borboleta Sem Asas ganhou duas montagens profissionais para o palco, uma delas da extinta Cia de Teatro Rock, de Ferraz, Okura, Fezu Duarte e Fábio Ock; uma montagem criada por estudantes ao fim de uma oficina de teatro e uma adaptação audiovisual para o programa Teatro Rá-Tim-Bum, da TV Cultura. Em julho de 2022, o espetáculo fez uma temporada de sucesso no Centro Cultural Fiesp/SESI.

A nova versão, com direção assinada por Bebel Ribeiro e Paula Flaibann, aposta na proximidade com as crianças da nova geração. Para isso, algumas adaptações foram feitas, como músicas que flertam mais com o pop e a principal ocupação das borboletas que hostilizam Babi – se na versão original elas eram modelos, agora elas são digital influencers. “É uma versão da Borboleta para os anos 2020”, diz Marcos Okura, que acompanhou o processo de criação da peça como supervisor artístico.

O espetáculo é composto por dez músicas. O diretor musical Vinícius Loyola apostou em diferentes gêneros e referências que alcançam crianças e adultos. Pop, rock, tango, disco e axé integram a trilha sonora. Os figurinos de Juliana Sanches fogem do óbvio na representação dos insetos. “Não quisemos nada muito realista, há apenas alguns elementos do figurino que remetem ao inseto em questão, mas isso só se revela mesmo pela dramaturgia”, contam as diretoras.

O cenário, também assinado por Juliana, é simples e objetivo. Escadas, guarda-chuvas estilizados como flores e puffs em forma de cogumelos enfeitam o jardim que ambienta a história. As diretoras contam que as adaptações feitas no texto foram anotadas em tempo real para manter a dinamicidade da peça. “Uma piada que funciona hoje pode perder o sentido em pouco tempo, então fazemos atualizações a cada ensaio para que possamos manter a peça atual em todas as sessões e temporadas”, contam.

Ao convidar os artistas para criar a nova versão de A Borboleta Sem Asas, o Grupo Trapiche deu total liberdade para que a equipe criativa desenvolvesse a peça. “Fizemos uma audição em que recebemos mais de 200 currículos. Fizemos testes com 60 pessoas, chegamos em 18 e selecionamos para a montagem sete artistas”, contam Paula e Bebel.

Além da exigência de que os selecionados fossem habilitados para atuar de acordo com técnicas do teatro musical, a seleção também levou em conta a diversidade, resultando assim num elenco plural em vários aspectos. “Temos atores de Fortaleza, Distrito Federal, Manaus e interior de São Paulo, em cidades como Caieras, Bauru e Santo André”, conta o diretor musical Vinícius Layola.

Para a equipe, as personagens da peça também trazem elementos humanos que podem gerar reflexões nos adultos e crianças sobre o respeito à diversidade. “O zangão é debochado e vaidoso, a abelha é muito trabalhadora, o caracol é um tipo apaixonado e o vagalume é um sábio”, contam as diretoras. Okura, único integrante que também faz parte da equipe original de A Borboleta Sem Asas, afirma que mesmo com todas adaptações, a mensagem de acolhimento das diferenças e do entendimento que são elas que nos fazem únicos está mantida na peça. “Essas questões são atemporais e estão retratadas o tempo inteiro”, opina.

SINOPSE

O espetáculo é ambientado em um grande jardim, onde vários animais e insetos buscam viver em harmonia. Assim, à medida que segue em direção ao lago, Babi, a borboleta sem asas, conhece o caramujo Magnólio, a abelha Abel e o vagalume Lamparino, entre outros, cada um com sua particularidade. E vai descobrir, nessa caminhada, que as deficiências são eficiências singulares, um modo particular de ser e estar na vida.

FICHA TÉCNICA

De César Cavelagna
Dramaturgia Marcos Ferraz
Argumento: Marcos Okura
Direção artística: Paula Flaibann e Bebel Ribeiro
Músicas de Marcos OkuraRicardo Brunelli e Vinícius Loyola
Direção Musical: Vinícius Loyola
Cenário e Figurinos: Juliana Sanches e Felipe Cruz
Elenco: Ana Bia MatosBruno Vaz, Daniel Selles, Fabio Fernandes, Gabi Oliveira, Giovanna Federzoni e Vanessa Abate
Elenco Alternante: Marina Pavan, Renan Souza, Luisa Grillo e Gustavo Cézar

SERVIÇO

A Borboleta Sem Asas
Dia: 13/08/2022, 16h
Ingressos: 50,00 (inteira), R$25,00 (meia) e R$15,00 + 1kg de alimento não perecível (ingresso socia)
Classificação: Livre (Recomendado para crianças a partir de 4 anos)

 

 

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