Economia

Volkswagen suspende temporariamente produção de carros no Brasil

Montadora alega estagnação do mercado e que a flexibilização estão ‘previstas em acordo coletivo firmado’ com o Sindicato dos Metalúrgicos

Volkswagen suspende temporariamente produção de carros no Brasil. foto: Divulgação

A Volkswagen informou nesta terça-feira (27/06) a suspensão temporária da produção de carros em suas fábricas no Brasil. O argumento é a estagnação do mercado. “Todas as ferramentas de flexibilização estão previstas em Acordo Coletivo firmado entre o sindicato e colaboradores da Volkswagen”, afirmou.

A fábrica que fica na Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), onde são produzidos o Novo Virtus, Novo Polo, Nivus e Saveiro, determinou  férias coletivas de dez dias, previstas para os seus dois turnos de produção, a partir do dia 10 de julho.

Segundo a Volks, a montadora de São José dos Pinhais (PR), onde é produzido o T-Cross, está com um turno em layoff desde o dia 5 de junho deste ano e que pode durar de 2 e 5 meses.

A unidade  de Taubaté, onde são fabricados o Polo Track e o Novo Polo, está com seus dois turnos de produção interrompidos.

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A reportagem procurou a assessoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que emiru uma nota oficial.

Leia a íntegra:

“O Sindicato dos Metalúrgicos ABC informa que a Volkswagen, montadora localizada em São Bernardo, realizou a protocolização das férias coletivas, de 10 a 19 de julho de 2023 (com retorno no dia 20) para 3.900 trabalhadores na produção.

O diretor Administrativo Wellington Messias Damasceno, destaca que a medida está diretamente ligada a falta de credito e as altas taxas praticadas pelo Banco Central.

“As taxas de juros estão tornando impraticáveis os negócios. Isso não pode ser considerada uma decisão isolada do BC. Isso não pode ser considerada uma queda de braços entre o governo e o Banco Central. Mas sim uma decisão que afeta toda a sociedade e nesse momento negativamente”, afirmou.

“Por mais que houve a iniciativa do governo federal para fazer a compensação de valores, inclusive, considerando pautas dos Metalúrgicos do ABC (como contemplar o maior índice de nacionalização de peças e incluir carros menos poluentes), o que imaginávamos e no tempo que esperávamos não está sendo atingido”, prosseguiu.

O dirigente também lembrou que com as paradas de produção nas montadoras, somadas aos impactos em toda cadeia de autopeças, serviços e comércio, os trabalhadores são os mais atingidos. “Uma grande parcela de quem compra no varejo são os trabalhadores e trabalhadoras que utilizam de financiamentos para isso. Como o crédito está muito caro, isso não está acontecendo. Por todo esse conjunto é tão importante que a sociedade se engaje nessa luta contra a taxa abusiva dos juros”, disse”.

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Gislayne Jacinto

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