Vice de Palacio, Saul Klein foi alvo em inquérito de exploração sexual contra vulnerável
Documento foi protocolado na Justiça Eleitoral pelo próprio candidato que argumentou que caso foi arquivado; Thiago Tortorello diz que político deve explicação aos eleitores
Documento foi protocolado na Justiça Eleitoral pelo próprio candidato que argumentou que caso foi arquivado; Thiago Tortorello diz que político deve explicação aos eleitores
Uma certidão apresentada à Justiça Eleitoral de São Caetano cita Saul Klein (PSD), candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Fabio Palacio (PSD), como “averiguado” em inquérito policial cujo assunto foi “favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável”.
O documento gerou questionamentos na cidade e circula em vários grupos das redes sociais. O político mais crítico com relação ao fato é candidato a prefeito pelo PRTB, Thiago Tortorello. Ele disse que o candidato a vice-prefeito Saul Klein deve explicações aos eleitores de São Caetano sobre essa certidão apresentada à Justiça Eleitoral. De acordo com o prefeiturável, o processo foi arquivado pelo Ministério Público em 8 de setembro deste ano, mas não consta a sentença de homologação do arquivamento na certidão juntada ao pedido de candidatura.
“Considerando a gravidade do crime investigado, o candidato Saul deveria explicar os fatos que levaram à sua instauração. O favorecimento de prostituição ou exploração sexual de vulneráveis (que pelo conceito legal, envolvem menores de 14 anos, pessoas com deficiência, idosos ou quem não possa se defender), auxiliando terceiros ou financiando o crime, causa repulsa e pode lançar dúvidas quanto à idoneidade moral do candidato, pois, se eleito, será um dos maiores responsáveis pelo cuidado de nossas crianças e idosos nos orfanatos e abrigos municipais, logo é imperativo que isso seja melhor esclarecido aos eleitores”, afirmou.
Thiago Tortorello relata que o caso é recente. “O caso é grave, aliás, gravíssimo”, avaliou o candidato a prefeito.
Pela certidão apresentada na Justiça Eleitoral, o fato que gerou o inquérito ocorreu em 12 de abril do ano passado, na avenida 9 de Julho, 4865, no Jardim Paulista, em São Paulo. De acordo com o documento, a averiguação envolvia o artigo 218- B “caput” do CP (Código Penal). A distribuição do processo foi em 6 de junho de 2019 e em 8 de setembro de 2020 o Ministério Público manifestou pelo arquivamento.
Candidato nega fato
Saul Klein, que é é herdeiro das Casas Bahia, foi procurado e por meio de sua assessoria de imprensa emitiu uma nota oficial e negou envolvimento no caso averiguado. “Saul Klein informa que foi absurdamente mencionado em autos de inquérito policial. Após detalhado trabalho da Polícia Civil e do Ministério Público, este último requereu ao Poder Judiciário o arquivamento do procedimento. O resultado foi o esperado para quem conhece a vida de Saul Klein: confirmou-se a absoluta inexistência de qualquer relação dele com o caso. O inquérito teve, portanto, o desfecho óbvio ao ser efetivamente arquivado pela Justiça”, finalizou.