Vereador cobra do Estado projeto de combate a enchente em S.Caetano
Fabio Soares protocolou requerimento solicitando providências junto ao DAEE, que afirma estar investindo em obras na região do ABCD
Fabio Soares protocolou requerimento solicitando providências junto ao DAEE, que afirma estar investindo em obras na região do ABCD
O vereador de São Caetano Fabio Soares protocolou requerimento no qual solicita ao DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) para executar projeto de combate às enchentes na cidade.
De acordo com o vereador, desde seu mandato anterior, conversa com responsáveis pela autarquia estadual. Segundo ele, a promessa era de iniciar as obras em 2020, com intervenções nos rios que circundam a cidade.
“Mais um ano e o bairro Fundação, além de outras regiões são atingidas pelas enchentes. Isso é um problema que tem de ser resolvido. Desde 2013 nosso gabinete vem solicitando junto ao DAEE providências nos rios que circundam a nossa cidade. O fato de só fazer piscinão não adianta. Lógico que piscinão é importante, mas os rios em volta da nossa cidade têm uma profundidade muito baixa e enquanto isso não for solucionado nenhum piscinão vai resolver a questão das enchentes”, explicou.
De acordo com Soares, em 2014, um grupo de técnicos de sua equipe realizou diversos estudos e constatou a necessidade de aprofundar em até 3 metros o leito desses rios e aumentar o muro na parte que compreende as cidades do ABC.
“Nós apresentamos esse estudo ao DAEE que nos respondeu que já existia projeto para realizar em 2020 essas intervenções partindo desde a cidade de Mauá. Infelizmente estamos em 2022 e nada aconteceu. Ano passado nós já cobramos o DAEE e até o momento não houve nenhum retorno da autarquia”, lamentou.
Fabio Soares disse ainda que solicita uma audiência com técnicos do órgão para cobrar a execução do projeto. “Vou continuar cobrando até que se façam as obras. A população não pode continuar sofrendo com as enchentes em nossa cidade”, finalizou.
Outro lado
Procurador pelo ABCD Jornal, o DAEE informou que em 27 de maio do ano passado o Departamento de Águas e Energia Elétrica respondeu ao ofício nº 0053/21-DLG, de autoria do vereador Fábio Soares de Oliveira, da Câmara Municipal de São Caetano do Sul, com informações sobre as ações da atual gestão para minimizar o impacto das chuvas na região do ABC Paulista. (ref. Ofício SUP 0556/2021)
“No fim de 2021, o DAEE deu início às obras do piscinão Jaboticabal, na região do córrego Jaboticabal, entre os Ribeirões dos Meninos e dos Couros, na divisa dos municípios de São Paulo, São Caetano do Sul e São Bernardo do Campo. O piscinão será o maior reservatório da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), com capacidade para armazenar 900 mil m³ de água, além de beneficiar diretamente uma população de mais de 500 mil pessoas. As obras receberão investimento de R$237,9 milhões provenientes do Estado. Com a construção do Jaboticabal, o Governo de SP soma 20 equipamentos do tipo na Bacia do Alto Tamanduateí. O DAEE mantém, atualmente, 19 piscinões em operação na região do ABC paulista, com capacidade para armazenar 3,7 milhões de m³ de água, nos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema e Mauá”, informou.
A autarquia informou ainda que está investindo também R$ 1,1 milhão no projeto de mais dois piscinões no rio Tamanduateí, nos municípios de Santo André e Mauá. O conjunto permitirá acumular mais de 230 mil metros cúbicos de água das chuvas, e vai contribuir para disciplinar o uso e a ocupação das áreas de vale do rio Tamanduateí. O trabalho deverá estar concluído em 8 meses.
“Além disso, está em elaboração, por meio do DAEE, o projeto executivo da canalização de 7.080 metros do córrego do Oratório, desde sua foz no rio Tamanduateí em São Paulo, até a divisa de Mauá. O projeto será concluído ainda neste semestre e teve investimento de R$ 996,3 mil, com recursos provenientes do próprio DAEE e Fehidro. Assim que finalizado, apresentará a canalização do córrego e todas as alternativas de intervenções em pontes que interligam São Paulo e Santo André que representam pontos de restrição de vazão e o levantamento da necessidade de outras interferências nas margens.