O Governador João Doria anunciou, nesta quarta-feira (15/09), que a imunização com Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a biofarmacêutica Sinovac, reduziu em 88% as mortes por COVID-19 entre os idosos com mais de 70 anos no Brasil. A queda, apontada pelo próprio Ministério da Saúde, indica a eficiência do imunizante que foi utilizado na vacinação de 80% das pessoas nesta faixa etária em todo país.
“A vacinação com Coronavac reduziu em 88% as mortes de pessoas com mais de 70 anos no Brasil. Nossos pais, avós, tios e amigos com mais idade, felizmente, em sua maioria, estão salvos. Salvos pela vacina”, destacou Doria. “A vacina produzida pelo Instituto Butantan foi fundamental na queda das mortes pela COVID-19 entre os idosos”, completou.
Os dados do Sivep-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe) do Ministério da Saúde indicam que a média semanal de mortes por COVID-19 entre as pessoas com 70 anos ou mais caiu de 1.316 por dia em 28 de março para 164 em 20 de agosto. A queda de 88% considera todo o território nacional.
Se consideradas apenas as estatísticas de São Paulo, o resultado é semelhante, com redução de 86% no número de óbitos. A média semanal de mortes por COVID-19, entre pessoas com mais de 70 anos no estado, caiu de 353 por dia em 28 de março, para 51 em 20 de agosto.
A vacina produzida pelo Instituto Butantan teve papel fundamental na queda das mortes, uma vez que 8 de cada 10 pessoas com mais de 70 anos foram imunizadas com Coronavac no país. Em 28 de março as vacinas da Pfizer e da Jansen ainda não eram aplicadas em São Paulo e no Brasil, e a proporção de imunizantes disponíveis no país era de 8 doses de Coronavac para cada duas da Aztrazeneca. Já no estado de São Paulo, a cada 10 pessoas nessa faixa etária, 9 receberam a Coronavac.
Estado de SP atinge 100% de cobertura vacinal m idosos acima de 65 anos
O Governador João Doria também anunciou que o Estado de São Paulo ultrapassou a meta de vacinação contra COVID-19 entre todos os idosos acima de 60 anos com esquema de imunização completo, protegendo mais de 7,3 milhões de pessoas. No público acima de 65 anos, foi atingido 100% de cobertura vacinal em todas as estratificações. Na faixa de 60 a 64 o percentual foi de 93,5%, também acima da meta definida da campanha, que é de ao menos 90% dos públicos-alvo.
“Nós vencemos esta luta para que as pessoas pudessem ter consciência que era fundamental serem vacinadas para estarem protegidas na sua vida. Neste momento, nós estamos celebrando isso. Trata-se de um porcentual de adesão extraordinário”, disse Doria.
Estes grupos estiveram entre os primeiros contemplados na campanha e iniciaram seus esquemas vacinais predominantemente entre fevereiro e abril (o cronograma por faixa etária está disponível em: https://vacinaja.sp.gov.br/).
Dos 7,3 milhões de idosos vacinados, 3,93 milhões estão na faixa de 60 a 69 anos; 2,27 milhões entre 70 e 79; 924,9 mil de 80 a 85; e 207,3 mil acima de 90 anos.
“A meta, pela Organização Social de Saúde (OMS), é de 90%, mas na população de 65 a 90 anos ou mais, nós atingimos mais de 100% dessa meta. Mostrando que a população acredita na vacina, confia na vacina e sabe que a melhor forma de passar por essa pandemia é estando vacinado.”, afirmou a Coordenadora Geral do Plano Estadual de Imunização (PEI) de SP, Regiane de Paula.
No decorrer de toda a campanha, iniciada em janeiro de 2021, SP já administrou mais de 57,97 milhões de doses. O número soma 35,92 milhões de aplicações de primeira dose, 20,79 milhões de segunda e 1,15 milhão de dose única, além de 111,6 mil de doses de reforço.
Com a mobilização das 645 cidades, 97,38% da população adulta de SP já recebeu pelo menos uma dose da vacina e 61,75% das pessoas com idade acima de 18 anos já têm esquema vacinal completo. Os dados estão disponíveis e são atualizados em tempo real no Vacinômetro do site do Governo de SP.
O resultado é fruto do trabalho do Governo de São Paulo na logística, planejamento e a realização de diversas campanhas de incentivo à vacinação, e dos 645 municípios, que trabalham incansavelmente na aplicação das doses na população. O estado continua em ação para completar a meta em demais grupos já contemplados na campanha.
Dose adicional
A estratégia visa alcançar todas as pessoas com 60 anos ou mais que tomaram a segunda dose há pelo menos seis meses. Além disso, também serão imunizados imunossuprimidos com idade a partir de 18 anos. Os dois públicos desta fase somam 1 milhão de pessoas.
Para organização da rede, o calendário foi escalonado por faixas etárias e priorização dos mais velhos. Esta primeira fase dedicada ao reforço na proteção contra a COVID-19 começou em 6 de setembro, contemplando idosos acima de 90 anos. Na segunda-feira (13), até o dia 19, é a vez da faixa etária de 85 a 89 anos. Entre os dias 20 e 26, as doses estarão disponíveis para os que têm de 80 a 84 anos. Também estão inclusos neste período os adultos imunossuprimidos, como pacientes em tratamento de hemodiálise, quimioterapia, Aids, transplantados, entre outras pessoas em alto grau de imunossupressão. Neste caso, a dose adicional será aplicada pelo menos 28 dias após a data da conclusão do esquema vacinal, seja pela segunda dose (Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer) ou por dose única (Janssen).
A partir do dia 27, até 3 de outubro, serão contempladas pessoas na faixa de 70 a 79 anos. Concluindo esta fase ainda no mês de outubro, serão alcançados os idosos de 60 a 69 anos entre os dias 4 e 10.
No total são 7,3 milhões de pessoas que tomaram suas vacinas em momentos diferentes da campanha e receberão suas doses adicionais quando completarem os intervalos de tempo mínimos após a segunda dose ou conclusão do esquema vacinal – de pelo menos seis meses para quem tem 60 anos ou mais, e ao menos 28 dias para os adultos com imunossupressão.
A decisão de São Paulo de incluir o grupo de 60 a 69 anos foi embasada em recomendação do Comitê Científico, após análise de trabalhos e as experiências ao redor do mundo dos indicadores da pandemia, especialmente entre idosos, que ainda figuram entre as principais vítimas fatais da COVID-19.
Conforme orientação do Plano Estadual de Imunização (PEI) e do Comitê Científico do Estado de São Paulo, os municípios devem aplicar o imunizante que estiver disponível nos postos também para aplicação da dose adicional, pois todas as vacinas em uso no Brasil são seguras e eficazes.
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