Trabalhadores na Toyota aprovam acordo de PLR por dois anos
Essa Participação no Lucro representa mais de 16% acima do que foi negociado ano passado
Essa Participação no Lucro representa mais de 16% acima do que foi negociado ano passado
Após acordo de Plano de Demissão Voluntária (PDV) e transferências no início de junho, os trabalhadores na Toyota, em São Bernardo, aprovaram ontem, dia 15, a proposta de PLR (Participação dos Lucros e Resultados) por dois anos, negociada entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a empresa.
A PLR deste ano será paga em duas parcelas, sendo a primeira ainda este mês e a segunda em dezembro. Para o próximo ano o valor será corrigido pela inflação de janeiro a dezembro de 2022, com a incorporação de 1,5% de aumento real.
Na assembleia os trabalhadores também reiteraram pontos da campanha salarial garantidos na negociação anterior, que prevê a aplicação do índice do reajuste salarial pela inflação integral (set/2021 a ago/2022) com acréscimo de 1,5% de aumento real para este ano. E em 2023 a aplicação do INPC do período e o acréscimo do mesmo percentual de aumento real de 2022.
O diretor Administrativo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, lembrou que mesmo diante do anúncio de fechamento e negociada as condições de saída e transferência os trabalhadores na Toyota ainda permanecem em São Bernardo por um ano e meio.
“O Sindicato estará a todo momento fazendo a representação destes trabalhadores, orientando e buscando os melhores acordos possíveis. Este acordo de PLR representa mais de 16% acima do que foi negociado ano passado. Conseguimos ainda deixar negociado a [PLR] do próximo ano e também na data-base já garantimos o INPC e o aumento real. Isso permite ao trabalhador ter previsão do quanto ele vai receber nos dois anos para poder tomar a decisão entre a transferência ou o PDV”, afirmou o dirigente.
“Para o sindicato é importante uma negociação como esta que passa a ser referência, mas principalmente para o trabalhador que consegue se programar e decidir sobre as opções negociadas no último acordo”, prosseguiu.
Além disso, as tratativas possibilitaram chegar ao aumento no valor do vale-alimentação, no piso salarial (conforme a inflação), no teto salarial e a manutenção das cláusulas sociais.